Francesco Farioli no final do jogo com a sua equipa técnica - Foto: Kapta+/Eduardo Oliveira
Francesco Farioli no final do jogo com a sua equipa técnica - Foto: Kapta+/Eduardo Oliveira

Farioli deixa críticas à arbitragem: «Não podemos tocar no adversário...»

Treinador italiano admitiu que ficou bastante frustrado com algumas decisões do árbitro da partida no Dragão e deu os parabéns aos seus jogadores pelos três pontos importantes

O FC Porto voltou a vencer 2-1 na Liga, desta vez no Dragão frente ao SC Braga, e Francesco Farioli demonstrou-se bastante satisfeito com estes três pontos importantes que permitem continuar na liderança isolada do campeonato à frente de Sporting e Benfica.

«Sentimo-nos bem, porque jogámos contra uma equipa que é muito bem treinada, que joga futebol, muito agressiva. Como disse ontem, o jogo ia ser muito aberto, com muitas situações de golo. Tivemos as melhores oportunidades, pela dinâmica podíamos ter capitalizado mais no início do jogo, mas a atitude da equipa foi fantástica. Um esforço incrível de todos, mais uma vez, grande contribuição dos jogadores do banco de suplentes: a assistência do Gabri, o golo de Borja, a contribuição do Deniz, as bolas que o Pablo recuperou, Martim ajudou-nos numa situação complicada. É um resultado muito importante e seguimos. Já tivemos vários jogos que nos dizem a importância dos jogadores que vão terminar o jogo e hoje foi mais um», começou por dizer o italiano, em declarações à Sport TV, afirmando que não concederam grandes oportunidades de perigo.

«Ao intervalo o jogo estava muito bom. Era tudo o que preparámos e pensávamos, a parte em que sofremos um pouco mais foi no início da segunda parte, porque é uma equipa que muda muito o lado da bola. Honestamente, não concedemos nada além das bolas paradas e os remates à entrada da grande área contra uma equipa que marcou cinco golos no último jogo, portanto estivemos muito bem. Controlámos o jogo em mais alguns momentos sem a bola do que estamos habituados, mas isto é futebol, jogamos contra equipas diferentes e temos de nos ajustar quando o adversário nos obriga a fazer um jogo diferente do que queremos. É uma prova de maturidade e é um grande resultado contra uma grande equipa», garantiu, explicando a entrada de Pablo Rosario por William Gomes.

«Foi sobre a forma como o jogo estava a ir e precisámos de poder no meio-campo. Contra uma equipa como eles, são uma das equipas mais intensas e que corre mais, viste a mobilidade dos jogadores no interior, é inacreditável. Precisas de pernas para lidar com eles e senti que era preciso um jogador como o Pablo, que foi uma das peças-chave para restabelecer algum controlo no jogo e depois ter alguma credibilidade com o Gabri no flanco. Coincidências ou não, o golo vem de uma assistência do Gabri e o Borja finaliza muito bem, uma grande ação», disse, criticando a arbitragem no Dragão.

«Sim, por causa do adversário e das circunstâncias em que estamos. Estava frustrado durante o jogo? Sim, sim, a boa parte aqui é que se queres aprender há sempre uma oportunidade. Uma vez disse que temos de treinar contra 10 jogadores, agora temos de treinar com um relvado mais pequeno quando atacamos e um maior quando defendemos, e especialmente que não podemos tocar no adversário porque é falta e cartão amarelo. Portanto vamos treinar esta parte também», atirou, avisando os seus jogadores dos próximos dois jogos.

«É bom ter 28 pontos, claro. Agora temos de pôr a nossa cabeça em Utrecht, depois com o Famalicão. Acho que com o SC Braga e o Gil Vicente eles são as três equipas neste momento em que estão no seu melhor momento. Resultados, competitividade, Famalicão são uma grande equipa nas bolas paradas. Vai ser uma longa caminhada, depois da pausa de seleções vamos ter tempo para pensar, mas vamos jogo a jogo, não podemos relaxar ou sentar pelo que fizemos, temos de continuar em frente», finalizou.