Margarida Corceiro ao lado de Lando Norris, piloto da McLaren
Margarida Corceiro ao lado de Lando Norris, piloto da McLaren - Foto: IMAGO

F1 alvo de críticas por filmar as namoradas dos pilotos e não... a pista

Ultrapassagens de Sainz e Alonso não foram transmitidas, nem em repetição, o que está a levar a enorme frustração dos adeptos da modalidade nas redes sociais, mas o problema não é de agora...

Desde a criação do documentário Drive to Survive na Netflix, em 2019, que a Fórmula 1 mudou drasticamente, atingindo também um patamar superior a todos os níveis, em termos financeiros, em termos de audiência e tudo mais, assistindo-se portanto, também a um aumento de popularidade da modalidade.

No entanto, um dos aspetos mais negativos é o foco a que está a ser retirado da própria corrida e um dos exemplos é aquilo que aconteceu neste último Grande Prémio, em Singapura. Numa corrida em que pouco aconteceu, exceto nas primeiras e últimas voltas, a realização da F1 conseguiu não transmitir momentos importantes, com destaque para as ultrapassagens de Carlos Sainz e o duelo entre Fernando Alonso e Lewis Hamilton, perto do final, nem em repetição.

Ultimamente têm sido cada vez mais as vezes que a realização se foca em mostrar as namoradas ou as famílias dos pilotos que acompanham a corrida nas garagens da equipa ou até celebridades no paddock. Esta tem sido uma tendência, que também reflete os dias de hoje, mas que não teria problema se não retirasse tempo de corrida e a verdade é que isso está a levar a uma grande frustração dos adeptos nas redes sociais.

Um dos exemplos é o de Fernando Alonso, que terminou em sétimo lugar após a penalização a Hamilton no final da corrida por ter completado a corrida com um problema de travões, mas o duelo entre os dois na última volta, já quando Russell tinha terminado em primeiro lugar e a luta entre Verstappen e Norris estava resolvida, não foi mostrado, acabando apenas por ser revelado nas redes sociais da F1. No entanto, houve tempo para mostrar os rádios polémicos do espanhol com o seu engenheiro da Aston Martin.

O mesmo aconteceu com Carlos Sainz, que teve uma grande recuperação, mas muito pouco tempo de transmissão: conseguiu fazer 52 voltas de médios e terminar o GP de softs para subir do 18.º lugar ao 10.º, somando mais um ponto, mas nenhuma das suas cinco ultrapassagens nas últimas voltas foi transmitida e logo numa corrida precisamente escassa nesse sentido.