Raphinha
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Ex-Sporting assume: «Bola de Ouro foi uma desilusão pessoal»

Raphinha não esconde que estava à espera de ficar mais bem classificado na corrida ao prémio, ele que foi o quinto mais votado

34 golos, 22 assistências e 57 jogos depois, Raphinha foi quinto classificado na corrida à Bola de Ouro da temporada de 2024/25, ganha por Ousmane Dembélé, do PSG.

Em entrevista à GQ, o extremo do Barcelona assume que ficou desiludido com o resultado, apesar de ser uma honra estar entre os melhores.

«Foi uma desilusão pessoal. Quando nos entregamos tanto, trabalhamos todos os dias e sentimos que tivemos uma época incrível, é natural esperar estar entre os melhores. Terminar em quinto foi uma honra, claro, mas as minhas expectativas eram mais altas», começou por dizer.

Atualmente lesionado, o antigo jogador do Sporting reconheceu que está a viver um bom momento na vida: «O que torna este momento tão único é a combinação de crescimento técnico, experiência acumulada e equilíbrio mental. Hoje sinto que posso jogar com mais liberdade, ler melhor o jogo e lidar com a pressão de uma forma mais madura.»

Sobre a relação com Lamine Yamal, Raphinha afasta qualquer possibilidade de rivalidade e diz que o jovem de 18 anos é como se fosse família.

«O que existe entre nós é um desejo mútuo de render ao máximo, de nos impulsionarmos um ao outro e de ajudar a equipa a ter sucesso. Desafiamo-nos em campo, mas sempre de forma construtiva, nunca pessoal. Fora do futebol, a nossa relação é muito forte. Partilhamos risos, experiências e apoiamo-nos dentro e fora do estádio. Sinto que o Lamine é como se fosse da família.»

Vitória de Guimarães, Sporting, Rennes, Leeds e Barcelona. Este foi o percurso do internacional brasileiro na Europa, e é na cidade catalã que quer passar os próximos anos.

«Se as circunstâncias o permitirem, seria uma honra passar o resto da minha carreira aqui, a ganhar títulos, a ajudar os mais jovens e a deixar a minha marca na história do clube», explicou.

«Portugal foi muito importante para a minha adaptação à Europa, França foi um desafio cultural, Inglaterra ensinou-me sobre intensidade e disciplina, mas é em Espanha que me sinto mais estabelecido, tanto a nível profissional como pessoal», acrescentou.

Por fim, o futebolista de 28 anos falou ainda do sonho de ganhar o Mundial 2026 pelo Brasil: «Ganhá-lo com o Brasil seria o maior sonho da minha carreira. Desde criança, a jogar descalço nas ruas da Restinga, que sonhava com esse momento: representar o meu país no maior palco e lutar pelo título mais importante que existe. É uma motivação diária. O futebol no Brasil é realmente como uma religião, e as expectativas são sempre altíssimas.»