André de Sousa Martins, team manager do Marítimo, é o autor do estudo - Foto: CSM
André de Sousa Martins, team manager do Marítimo, é o autor do estudo - Foto: CSM

Estudo revela realidade dos team managers da Liga 2

Análise relativa à temporada 2024/25

A mais recente edição da revista Futebol Estudado apresenta um estudo relativo às características dos team managers das equipas que disputaram a Liga 2 em 2024/25.

A análise, da autoria de André de Sousa Martins, team manager do Marítimo, incide em quatro parâmetros: perfil, quadro profissional, quotidiano e dinâmicas associadas.

Relativamente ao primeiro ângulo referido, o estudo indica que todos os team managers são do sexo masculino, e 45% dos quais com idade compreendida entre os 46 e os 52 anos de idade.

Só um dos elementos não tem nacionalidade portuguesa, mas sim brasileira, algo associado à «origem do convénio de gestão do capital do capital social da sociedade anónima desportiva».

66% dos profissionais analisados têm grau académico superior, sendo que cinco dos team managers têm formação na área do Desporto, e dois deles na Comunicação.

No que diz respeito à formação específica para o cargo, 61% dos inquiridos revelam aproveitamento no curso de team manager.

A análise revela ainda que o cargo não tem «enquadramento profissional completamente definido», sendo que, num dos casos, as funções são assumidas pelo diretor desportivo, e noutro caso pelo diretor de imprensa.

«No que concerne ao nível de remuneração mensal, 61% dos gestores de equipa da edição 2024-2025 do segundo escalão do futebol português enquadram-se no intervalo compreendido entre os 1.000,00 e os 2.000,00 euros, enquanto 27% confirmam auferir entre 2.000,00 e 2.999,00 euros», refere também o artigo que apresenta as conclusões do estudo, que revela ainda um inquirido que ganha menos de mil euros, e outro acima dos três mil euros.

Por fim, a respeito das rotinas do quotidiano, só um dos team managers respondeu que não acompanhava presencialmente as sessões de treino. É quase unânime que contribuem em operações de logística, como marcação de hotéis e viagens, assim como funções de acolhimento de jogadores. Mais de metade dos inquiridos colabora também na procura de casa, nos procedimentos junto do SEF/AIMA, e até mesmo na abertura de conta bancária.

«Menos populares entre as opções seleccionadas, mas também com papel fundamental no processo de admissão, estão procedimentos nas finanças (43,8%), instalação de serviços básicos de água, luz, gás e telecomunicações (43,8%) e inscrição na segurança social (31,3%)», acrescenta o documento.