Esteve no dia um de Diogo Costa no FC Porto, esta noite será rival
Fala-se português na equipa técnica do Salzburgo, primeiro adversário do FC Porto de Farioli na Liga Europa. E com sotaque portuense vincado. Pedro Pereira, de 39 anos, é o treinador de guarda-redes da equipa austríaca, que esta noite recebe os dragões e, porque o destino tem sempre algo para contar, tem um passado de forte ligação ao clube azul e branco.
Entre 2011 e 2021, integrou os quadros dos dragões nas funções que hoje desempenha, primeiro na formação e, mais à frente, na equipa B. O jogo de logo terá, por isso, significado especial para o luso radicado na Áustria, ainda mais por conta do reencontro com Diogo Costa. Uma reunião que estava, de certa forma, escrito nas estrelas.
No primeiro treino de dragão ao peito do agora capitão portista, numa longínqua tarde de 2011, lá estava Pedro Pereira, atento. Também ele tinha chegado recentemente ao clube, proveniente do Trofense e acompanhado de Vítor Matos, agora ao leme do Marítimo. Era difícil imaginar que aquele menino tímido, então a dar os primeiros passos nos sub-13 do FC Porto, viria a ser figura maior do clube — e também da Seleção Nacional — quase 15 anos mais tarde.
Diogo e Pedro, de formas distintas, foram fazendo os respetivos percursos. O treinador de guarda-redes saltou de escalão para escalão, até se fixar na estrutura das equipas profissionais. Aqui e ali, trabalhou, de forma esporádica, com a equipa técnica de Sérgio Conceição, nomeadamente na pré-época de 2017/18, altura em que Diamantino Figueiredo foi operado a um pé. Pelo meio, conheceu outro nome da atual baliza portista — João Costa, regressado esta temporada aos dragões — e alguém que, anos mais tarde, viria a mudar-lhe o destino: Pepijn Lijnders.
O caminho do neerlandês cruzou-se com o de Pedro Pereira enquanto os dois estiveram no FC Porto e aquele que viria a tornar-se o braço direito de Jurgen Klopp no Liverpool não mais esqueceu o português. Tanto assim foi que, no verão de 2024, convidou Pedro a acompanhá-lo na primeira aventura a solo, juntamente com… Vítor Matos. A resposta foi um sim e o trio que, em tempos, havia ajudado a moldar talentos no Olival, abraçou o projeto do Salzburgo. Lijnders e Matos saíram ainda no decorrer da época transata, mas Pedro Pereira permaneceu. E lá continua. Hoje, reencontra o clube que lhe abriu as portas da elite.