«É a sensação mais incrível da minha carreira»
David Gaudu conseguiu, finalmente, viver um dos momentos que mais ambicionava na carreira: vestir a camisola de líder numa grande Volta. O francês, desde 2016 na Groupama-FDJ, precisava de terminar a quarta etapa da Vuelta, entre Susa e Voiron, oito posições à frente do dinamarquês Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike) e não falhou. Foi 25.º classificado na meta já no seu país, 17 lugares à frente do bicampeão do Tour, e garantiu a camisola vermelha.
«Estava a pensar nisso [em conquistar a camisola vermelha] esta manhã, mas não sabia bem se iria lutar por posições no sprint de pelotão. Pode ser muito perigoso. No sprint intermédio, segui as rodas, mas não consegui os segundos de bonificação. Depois disso, falei no rádio e disse: 'Conseguiremos à chegada'. A equipa fez um trabalho incrível, e esta camisola é para eles», contou Gaudu, que lidera a Vuelta com o mesmo tempo de Vingegaard.
«Senti uma grande emoção no pódio, foi a sensação mais incrível da minha carreira. Ainda por cima poder partilhá-la com o público francês, que é sempre maravilhoso. Depois das más recordações do Giro e de não ter podido estar no Tour, agora chegam momentos especiais», confessou o francês de 28 anos, visivelmente emocionado.
Até agora, o melhor registo de Gaudu numa grande Volta era o segundo lugar alcançado na Vuelta em 2024. Este ano, parecia condenado a repetir frustrações, mas os acontecimentos das últimas etapas mudaram-lhe o destino.
Segue-se o contrarrelógio por equipas, já em Espanha. A pretensão de Gaudu é manter a Roja. «Temos uma equipa forte para o contrarrelógio. Seria sido a mesma coisa sem a camisola: dar o nosso melhor e no final ver se obtivemos um bom resultado. Só que agora, se será suficiente para manter a camisola», concluiu.