Duarte Gomes: «Na arbitragem não há Maradonas»

Antigo árbitro assume erros, mas defende o trabalho que os homens do apito têm vindo a desenvolver

Com pouco mais de três meses de trabalho no Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, como diretor técnico nacional de arbitragem, Duarte Gomes reconheceu, em conferência de imprensa, esta quarta-feira, na Cidade do Futebol, em Oeiras, que tem havido erros por parte dos árbitros, mas defende o trabalho dos seus pares.

«Não há trabalhos perfeitos. Sabemos, com toda a humildade, que na arbitragem não há Maradonas. Estamos, deste lado, em constante aprendizagem, que terá momentos de correção, de maior e menor visibilidade. Os VAR's são fundamentais no processo de decisão, na verdade desportiva e na perceção que a arbitragem cria no mundo do futebol», realçou.

«Temos três categorias de VAR, e, nestes 90 jogos da Liga, tivemos 40 intervenções. Dessas, 19 foram sobre pontapés de penálti, 16 em relação à legalidade dos golos e cinco para cartões vermelhos. Destas 40 intervenções, 24 foram factuais, ou seja, dadas diretamente ao árbitro, em que não vai ao ecrã. As outras 16 implicaram a ida do árbitro ao ecrã. Dessas 16 revisões em campo, foram acatadas 13, e, em três, os árbitros entenderam que a decisão inicial era correta. Os tempos médios de revisão no ecrã foram de 1 minutos e 35 por lance, e de 1 minutos e 5 segundos nas factuais, o que está em linha com os tempos do ano passado. No total, analisámos 1.308 clips em relação à I Liga, e a taxa de acerto foi de 97%, de acordo com o parecer técnico. Obviamente, muitas vezes, o que se fala é dos outros 3% e do seu impacto e visibilidade», enumerou.