Solskjaer a defrontar Ancelotti num Everton-Man. United para a Taça
Solskjaer a defrontar Ancelotti num Everton-Man. United para a Taça - Foto: IMAGO

«Demasiada pressão»: nem Ancelotti queria o trabalho de Ruben Amorim

Solskjaer, ex-treinador do Manchester United, contou uma história curiosa num confronto com o técnico italiano, na altura no Everton

Ole Gunnar Solskjaer rendeu José Mourinho no banco de suplentes do Manchester United em dezembro de 2018, mas não resistiu aos maus resultados na sua terceira temporada completa e acabou por ser despedido em novembro de 2021, para dar lugar a Erik Ten Hag, antecessor de Ruben Amorim.

Quatro anos depois, e após uma breve passagem de oito meses no Besiktas, o técnico norueguês recusou a ideia de merecer mais crédito do que teve na altura e contou uma história curiosa, em que nem Carlo Ancelotti parecia querer o desafio de treinar os red devils. O italiano estava a orientar o Everton, antes de regressar ao Real Madrid e de rumar este ano ao Brasil.

«Lembro-me de um jogo com o Everton. Estou na minha zona técnica, ao meu lado está o quarto árbitro, o Ancelotti chega-se perto do mim, está praticamente na minha zona e o quarto árbitro diz: 'Carlo, tens de voltar para a tua zona, a menos que queiras o trabalho do Ole'. E o Carlo, que tem sempre algo a dizer, sorri e diz... 'não, não, não. Demasiada pressão, demasiada pressão. Esse trabalho tem demasiada pressão'», contou Solskjaer, em entrevista à BBC, lembrando também que terminou em segundo e terceiro lugar na Premier League contra o Man. City, de Guardiola, e o Liverpool, de Klopp.

«Portanto ele voltou para a sua zona. Pressão é um privilégio e eu senti-me privilegiado por ser o treinador do Man. United. Como jogador só tens de fazer o teu trabalho, mas como treinador és a cara de todos. Essa pressão é um privilegiado, porque tinha a liberdade de fazer o que eu queria, mas no final precisas de resultados e nós, infelizmente, tivemos um muito mau período de seis semanas e isso é muito tempo no clube», afirmou, entendendo a decisão da direção para o seu despedimento, pouco depois do regresso de Cristiano Ronaldo a Manchester.