Da segunda divisão à Libertadores em três anos: a incrível história do Rivadavia
O futebol argentino tem sido frutífero em surpresas nos últimos anos. As conquistas da Taça por parte do Patronato, em 2022, e do Central Córdoba e do Torneio Apertura por parte do Platense em junho anteciparam nova conquista inesperada.
O Independiente Rivadavia surpreendeu tudo e todos ao derrotar o Argentinos Juniors, clube que revelou Diego Armando Maradona, na final da Taça Argentina nos penáltis, após um empate 2-2 no tempo regulamentar. O modesto clube da cidade de Mendoza, que se situa mais perto de Santiago do Chile do que de Buenos Aires, conquistou o primeiro título de peso em 112 anos de história... dois anos depois de ter subido ao primeiro escalão albiceleste pela primeira vez.
O clube habituado a deambular entre as divisões inferiores do futebol argentino garantiu a manutenção tranquilamente na época passada, antes de iniciar um 2025 inesquecível. O Rivadavia garantiu um lugar na fase a eliminar do Torneio Apertura, após terminar na sexta posição do Grupo A. A eliminação aos pés do Indepediente nos oitavos de final não apagou o brilhantismo de um percurso que teve continuidade na Taça.
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Os comandados de Alfredo Berti, obreiro da subida em 2023, foram ultrapassando etapas na Taça, até saltarem para a ordem dia no futebol argentino quando venceram na casa do Tigre por 3-1, nos quartos de final, e chocaram o River Plate na fase seguinte, com um triunfo épico nos penáltis (4-3).
A final fez jus à história de superação de uma equipa que se vai estrear na Libertadores na próxima época. Álex Arce (9') e Matías Fernández (62') construíram uma vantagem de dois golos do Rivadavia, reduzido a dez elementos desde a expulsão de Amarfil aos 41'.
Que golazo hiciste Mati 💎 😍🔥 pic.twitter.com/p1KBJ6JzLp
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O Argentinos Juniors reduziu a desvantagem rapidamente por intermédio de Lescano (64'), antes de Érk Godoy sair do banco de suplentes para consumar um autêntico golpe de teatro aos 90+7'. O golo do defesa central que tinha entrado quatro minutos antes, tirou a vitória no tempo regulamentar ao Rivadavia, que estava a jogar com nove elementos desde a expulsão de Osella, aos 90+2'.
A equipa de Mendoza sofreu o golo do empate com um guarda-redes diferente na baliza. Gonzalo Marinelli, de 36 anos substituiu o lesionado Ezequiel Centurión aos 89', encaixou um tento do adversário oito minutos depois... e foi herói nos penáltis. A defesa do guardião veterano ao quarto castigo máximo do Argentinos Juniors estendeu a passadeira vermelha para o capitão Sebastián Villa, antigo avançado do Boca Juniors, selar uma conquista inesquecível.
HEROES 🥹🧤
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O golo do avançado colombiano espoletou lágrimas de alegria e a loucura generalizada no capítulo mais dourado da história de um clube pouco habituado a conquistas desta dimensão.
EL MOMENTO MÁS IMPORTANTE DE LA HISTORIA MENDOCINA
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LA GLORIA ES NUESTRA pic.twitter.com/oxKOkRfkZk
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