Opinião de Nélson Feiteirona, jornalista de A BOLA.

Contagem decrescente para o Mundial 2026: o ponto da situação

13 finalistas já conhecidos, 68 seleções eliminadas e na Europa 24, entre elas Portugal, só agora começam a jogar

Portugal e outras 23 seleções europeias iniciam entre hoje e sábado a caminhada rumo ao Mundial-2026, mas o quadro de participantes na primeira edição com 48 finalistas, que se realiza nos Estados Unidos, no México e no Canadá entre 11 de junho e 19 de julho do próximo ano, já está parcialmente definido, e muito mais pode ficar decidido na próxima semana.

A Europa, aí, é uma exceção. O apuramento começou faz no domingo dois anos, com os primeiros jogos na América do Sul. 24 seleções ainda nem começaram a jogar e 68 já foram eliminadas. E já há 13 finalistas — três deles organizadores, é certo, mas também já 10 apurados: seis da Ásia, incluindo dois estreantes em fases finais de Mundiais, três da América do Sul e a Nova Zelândia, com a qualificação na Oceânia concluída em março passado.

A BOLA explica-lhe como está, confederação a confederação, a qualificação para o Mundial:

Europa

O apuramento na UEFA começou em março, nos seis grupos com cinco seleções. Mas mesmo nesses, houve seis seleções que só começaram a competir em junho, porque em março estavam a jogar os quartos de final da Liga das Nações ou os play-offs de manutenção/promoção. Os seis grupos com quatro seleções, entre os quais o de Portugal, começam a competir agora.

No final desta fase, em novembro, os 12 vencedores dos grupos apuram-se diretamente para o Mundial. Em março haverá um play-off pelas últimas quatro vagas, com os 12 segundos classificados e os quatro melhores vencedores de grupos da Liga das Nações que tenham terminado a qualificação no 3.º lugar ou abaixo. Portugal, mesmo que não acabe nos dois primeiros lugares, tem lugar garantido nessa fase.

América do Sul

Mesmo com seis vagas diretas, a Conmebol decidiu manter o formato da qualificação, com um campeonato a duas voltas entre 10 seleções (18 jornadas). Começou há dois anos e termina na madrugada de quarta-feira.

Argentina, Equador e Brasil já estão apurados, as outras três vagas diretas poderão ficar definidas ainda antes da última jornada — Uruguai, Paraguai e Colômbia estão em vantagem.

O 7.º classificado (possivelmente Venezuela ou Bolívia, que ainda podem apurar-se diretamente) vai disputar, em março, os play-offs intercontinentais, com seis seleções em luta por duas vagas.

Ásia

A fase principal do apuramento terminou em junho, com os dois primeiros classificados dos três grupos a conseguirem o apuramento: Irão, Coreia do Sul, Japão, Austrália e os estreantes Uzbequistão e Jordânia.

Os terceiros e quartos classificados dessa fase disputam em outubro dois torneios de três equipas cada. Os vencedores também vão ao Mundial-2026. Os segundos classificados defrontam-se depois em novembro para decidir o representante da AFC no play-off intercontinental.

África

A primeira jornada foi em novembro de 2023, a sétima e oitava serão agora, as duas últimas em outubro. Qualificam-se para o Mundial os nove vencedores dos grupos. Os quatro melhores segundos classificados defrontam-se em novembro para decidir o representante da CAF no play-off intercontinental.

Concacaf

A confederação da América do Norte, Central e Caraíbas filtrou no último ano e meio 32 candidatos para 12. A fase decisiva da qualificação da Concacaf começa agora, com formato igual ao europeu — três grupos de quatro seleções, jornadas duplas em setembro, outubro e novembro.

Os vencedores dos três grupos apuram-se para o Mundial. Os dois melhores segundos classificados avançam para os play-offs intercontinentais.

Oceânia

A qualificação ficou concluída em março, com a Nova Zelândia a garantir a terceira participação em Mundiais. A Nova Caledónia, derrotada na final, vai ao play-off intercontinental em março.