Fernando Martins, presidente responsável pelo 'fecho' do Terceiro Anel do antigo Estádio da Luz, pai de Raul Martins. FOTO A BOLA
Fernando Martins, presidente responsável pelo 'fecho' do Terceiro Anel do antigo Estádio da Luz, pai de Raul Martins. FOTO A BOLA

Conselho Fiscal do Benfica: a maior honra da minha vida

'Tribuna livre' é um espaço de opinião em A BOLA aberto ao exterior, este da responsabilidade de Raul Martins, candidato à presidência do Conselho Fiscal na lista de Rui Costa

Candidato-me pela Lista G com profundo sentido de responsabilidade e paixão pelo nosso clube. Presidir ao Conselho Fiscal será, sem dúvida, a maior honra da minha vida.

Sou Raul Martins. Sócio do Sport Lisboa e Benfica desde os meus seis anos. A minha vida profissional e desportiva sempre esteve ligada à liderança e ao rigor: sou Presidente do Conselho de Administração do Grupo Altis, fui presidente da Federação Portuguesa de Rugby e vice-presidente da Rugby Europe e da Federação Mundial de Rugby, e colaborei com o Benfica durante a presidência do meu pai, Fernando Martins, presidente do Benfica entre 1981 e 1987, um período marcante na história do clube. Acompanham-me nesta candidatura benfiquistas de comprovada competência profissional na fiscalização de sociedades.

O meu mandato assentará em três pilares fundamentais, alinhados com as funções que os estatutos atribuem ao Conselho Fiscal: garantir a fiscalização independente, promover o rigor na gestão e assegurar a confiança dos sócios.

Independência inabalável na fiscalização

Como previsto nos Estatutos, o Conselho Fiscal deve fiscalizar a administração, verificar a regularidade dos registos contabilísticos, garantir a exatidão das contas e acompanhar a independência do revisor oficial.

Deve também acompanhar as atividades e as principais evoluções do clube, enquadrando-as nos valores e nos estatutos do Sport Lisboa e Benfica. É esta missão que assumo com total seriedade.

Nenhum benfiquista deve duvidar da minha independência.

Conto-vos uma história que marcou a minha vida: durante a presidência do meu pai, era eu presidente da comissão de obras que acompanhou a construção do Terceiro Anel, foi tomada a decisão de transformar o campo de râguebi num campo de futebol. Eu fui contra. Bati-me junto dos Órgãos Sociais para impedir essa decisão, porque acreditava que seria lesiva para a modalidade. Quando percebi que não conseguiria evitar, demiti-me e comuniquei essa decisão ao meu pai, com lealdade e firmeza.

Essa atitude define-me: sempre defenderei o que acredito ser melhor para o Benfica, com coragem e sem concessões.

Rigor na ambição e nos projetos de crescimento

O Benfica cresceu de forma contínua, mas também através de momentos de arrojo e visão, verdadeiros saltos quânticos.

O projeto Benfica District pode ser um desses momentos. Tal como em 1984, quando a Direção do meu pai concretizou o fecho do Terceiro Anel do Estádio da Luz, é preciso unir ambição e execução rigorosa. É assim que se constrói grandeza, com envolvimento máximo dos sócios e adeptos.

O Conselho Fiscal tem também o dever de avaliar as linhas estratégicas e a política de riscos, pronunciar-se sobre transações com partes relacionadas e garantir que todas as decisões respeitam os princípios da boa gestão e da transparência. O Benfica tornou-se a primeira Sociedade Anónima Desportiva a tornar-se membro associado do IPCG - Instituto Português de Corporate Governance. Temos agora de viver continuamente de acordo com as melhores práticas de governo.

Discrição, trabalho e lealdade institucional

O meu mote é simples: «Fazer muito e falar pouco.»

Falarei apenas quando for necessário para defender os interesses do Benfica. De resto, trabalho, rigor e lealdade institucional. É assim que sempre conduzi a minha vida e os meus negócios, e é assim que conduzirei este mandato: com discrição, trabalho e dedicação total.

O Conselho Fiscal deve reunir-se regularmente, acompanhar os processos de prestação de contas, fiscalizar os sistemas de controlo interno e garantir que todas as informações relevantes são devidamente comunicadas aos sócios do Sport Lisboa e Benfica. Esta função exige dedicação, imparcialidade e sentido institucional, valores que me definem na plenitude.

Benfiquistas, o Conselho Fiscal é um garante da transparência e da confiança. É isso que vos prometo: independência, rigor e dedicação total ao nosso clube.

Juntos, com rigor e paixão, honraremos o passado e construiremos o futuro do Benfica.

Porque Só o Benfica importa!