Carlos Vicens, treinador do SC Braga, lamentou os erros cometidos. Foto: Hugo Delgado/LUSA
Carlos Vicens, treinador do SC Braga, lamentou os erros cometidos. Foto: Hugo Delgado/LUSA

Carlos Vicens: «Estamos tristes porque queríamos outro resultado»

Treinador dos arsenalistas lamentou o facto da sua equipa não ter conseguido chegar ao 2-0 na primeira parte; técnico explicou que a diferença esteve na eficácia e que não se pode sofrer quatro golos em casa

Carlos Vicens, treinador do SC Braga, sublinhou que a jogar a este nível os erros pagam-se caro, frisando que não se pode sofrer quatro golos em casa. O técnico espanhol, de 42 anos, referiu que os tentos dos belgas surgiram em momentos cruciais do encontro e resultaram de erros que a sua equipa tem de evitar a todo o custo. Ainda explicou que a principal diferença entre as equipas esteve na eficácia.

Com que sensação sai deste jogo em que o SC Braga começou melhor, permitiu a reviravolta e depois ficou a ideia de que podia ter chegado ao empate?

- Sensações tristes, como é normal quando se perdem jogos e não podemos sofrer quatro golos em casa. Uma primeira parte em que a equipa esteve perto de fazer o segundo golo e, talvez, arrumar com o jogo. Mas isto é futebol de alto nível, é a Liga Europa e os rivais vão castigar-nos. Quando tens tudo para fazer o segundo e o adversário vai lá uma vez e marca, fica complicado. Se consegues recuperar bolas em zonas altas, tens de conseguir fazer golos. Eles fizeram isso na segunda parte, mas marcaram. Também temos muitos jogadores com vários minutos, há alguma fadiga, porém a equipa deu a cara e esteve no jogo, insistiu, com esforço e atitude. Mas estamos tristes porque queríamos outro resultado.

Pode explicar o que sentiu nos minutos 70 e 71, em que reduz e sofre o 2-4? E também, à semelhança do que aconteceu com o FC Porto, teve mais posse e esteve por cima, mas acaba por sofrer em momentos cruciais?

- É verdade, não posso negar as evidências. É difícil sofrer quando acabas de marcar. Não podemos permitir que o rival possa ter oportunidade de marcar novamente, são erros que não podemos cometer, pois permitem ao adversário aumentar a diferença no resultado. Tivemos algumas ocasiões em que tivemos perto de empatar a partida. Mas no final de contas, o que fica é que não podemos sofrer quatro golos em casa.

O lateral-esquerdo do Genk esteve mais contido que o habitual, acha que essa estratégia teve influência no resultado?

- Ficou mais contido, porque o obrigámos a isso. Com a saída a três, o seu lado esquerdo tem maior liberdade, por norma, sendo que pela direita o lateral atua mais por dentro, por isso foi o nosso condicionamento, sendo que foi estratégico por parte do seu treinador.

Três golos em perdas de bola em meio-campo defensivo, como é que olha para estes dados?

- O futebol tem outras coisas, outros fatores e da mesma maneira que a equipa com circulação de bola conseguiu sair para o ataque, não pode permitir que maus momentos terminem em golo. Nós implementamos uma forma de jogar, em que a equipa quer atacar e há que minimizar essas perdas de bola. Quando acontecem temos de ser mais incisivos na recuperação. O SC Braga tratou de pressionar, mas o Genk também veio aqui jogar. Contra o Estrela Vermelha, por exemplo, pressionámos, saímos para o ataque e marcámos. Hoje não conseguimos marcar e o Genk sempre que nos roubou bola e saiu, conseguiu marcar. Mas a nossa ideia é estar e vamos jogar assim, porque é assim que trabalhamos e vamos continuar a fazê-lo desta forma.