Benfica: Vieira ataca direção, mas mantém tabu sobre eleições
Luís Filipe Vieira continua a atacar a atual direção do Benfica, mas mantém o tabu no que respeita a uma candidatura à presidência do clube nas eleições de 25 de outubro.
«Se decidir avançar, é para ganhar. Não excluo a possibilidade, mas ainda não tenho uma decisão tomada», disse o antigo líder encarnado em entrevista publicada este sábado no Correio da Manhã.
Admitindo que se enganou com Rui Costa, sobretudo porque «ele não conseguiu provar que era o futuro do Benfica», Vieira explica o que poderá levá-lo a avançar: «Não trabalhei 20 anos para agora ficar de braços cruzados a ver o clube afundar-se.»
Sempre ao ataque, Luís Filipe Vieira considera que está a ser alvo de um inquérito disciplinar para destituí-lo de sócio apenas por medo. «Inquérito disciplinar só existe porque receiam que eu volte a liderar o Benfica», afirma o ex-presidente, sublinhando: «Não há nada que me impeça de avançar para eleições.»
Noutro plano e comparando a prestação de Bruno Lage nos seus tempos de presidência com a atualidade, Vieira é taxativo: «Gosto muito do Bruno, mas, nesta altura, ele não é um treinador agregador e consensual. Tenho a minha ideia do perfil de treinador que pretendo, mas não é tempo de falar.»
Qualificando de «exagero» a ideia de que o Sporting passou a ter a hegemonia do futebol português, o empresário diz apenas que «o Sporting ocupa hoje o lugar que o Benfica lhe permitiu ocupar».
Por fim, Vieira pede contenção quanto a loucuras de mercado: «João Félix? Gosto muito do João, mas recordo que a dívida atual do Benfica já vai em quase €300 milhões.»
As eleições do Benfica estão agendadas para 25 de outubro e, oficialmente, há já cinco candidatos: Rui Costa, João Noronha Lopes, Martim Mayer, Cristóvão Carvalho e João Diogo Manteigas. Há também uma lista candidata à presidência da Mesa da Assembleia Geral pelo Movimento Servir o Benfica, liderada por João Leite.