Atlético teve de suar para voltar às vitórias

Depois das duas derrotas nos três encontros anteriores na Champions, uma delas com goleada em casa do Liverpool (0-4) o Atlético Madrid estava obrigado a ganhar sim ou sim para não se atrasar demasiado na tabela. À partida tinha tudo a seu favor, jogava em casa e as credenciais do adversário não eram demasiado ameaçadoras.

Contudo e contra o que próprio Atlético esperava, a turma belga iniciou o encontro mostrando uma forte personalidade, apoderou-se da bola e com grande atrevimento, assumiu o controlo do meio-campo, lançou-se para a frente incomodando e muito aos madrilenos que se viram empurrados para o seu reduto de onde só pouco a pouco foram saindo até lograrem equilibrar o jogo que passou a ser, de parte a parte, muito mais aberto.

O Atlético passou por um bom susto num mau passe para Oblak que salvou sobre a linha de baliza, também perdeu o concurso por lesão de Le Normand, mas, a cinco minutos do intervalo, logrou colocar-se em vantagem numa rápida jogada de ataque, com passe de Barrios para Giuliano Simeone que, a toda a velocidade, se internou pela direita assistindo Julián Álvarez que teve tempo para preparar o remate e fazer o golo. O mais difícil parecia já estava feito e tudo poderia ter ficado solucionado se o golo que, logo a seguir, marcou Griezmann não tivesse sido anulado por fora de jogo.

A vantagem pela diferença mínima deixava tudo em aberto para o segundo tempo durante o qual qualquer coisa poderia acontecer. Desde o início Atlético procurou controlar as operações, o domínio era seu, mas os visitantes não se davam por vencidos, respondiam, sempre que podiam com rápidos contra-ataques, num deles David desperdiçou uma boa oportunidade de marcar e, na resposta, Gallagher fez o segundo golo finalizando uma boa jogada de Sorloth.

Dava a impressão que, com este tento, o triunfo do Atlético estava assegurado mas a turma belga continuou metida na luta até conseguir, a dez minutos do final, reduzir a diferença num lance de bola parada concluído por Sykes que, de cabeça, bateu Oblak. Aí voltou a incerteza, o nervosismo e o sofrimento para a turma de Simeone nos últimos minutos, os visitantes tiveram um par de boas ocasiões de empatar, não as concretizaram e, finalmente, foram os locais que, no derradeiro minuto, lograram consolidar a vitória com o terceiro golo apontado por Llorente. Finalmente tudo terminou com o muito suado triunfo do Atlético frente a um adversário muito competitivo e lutador que criou muitas dificuldades e que a ponto esteve de provocar uma surpresa.