A saída para Inglaterra, Suárez e o assédio a Hjulmand: tudo o que disse Rui Borges
TURIM - Que Juventus espera, uma equipa com novo treinador, novas ideias e com um treinador experiente como Spalletti?
- Uma mudança numa equipa técnica mexe sempre com o grupo. Com consciente dos jogadores, com a atitude, o compromisso... Acredito que a Juventus vai estar super motivada, numa prova como a Champions, um grande treinador que tem toda uma história. No que é o jogo que analisamos é uma equipa que manteve o sistema, de três defesas, um médio como central pela esquerda. Sabemos que não é sistema mais usado no seu passado como treinador, mas tenho plena convicção de que vamos estar preparados. Estamos a focar mais naquilo que podemos controlar e não tanto com o adversário.
- Vimos esta manhã Luis Suárez com o joelho ligado... é sinal de preocupação ou vai mesmo jogar Ioannidis?
- Já brinquei com o Quenda, a dizer que quem vai à conferência nunca joga. Não sou eu que escolho, é a comunicação... Mas feliz por contar com o Fotis e com o Suárez. O Suárez estava com uma proteção [no joelho] por prevenção, apenas isso. Independentemente de quem jogar, dará boa resposta. Até podem jogar os dois, nunca se sabe...
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— Sporting CP (@SportingCP) November 3, 2025
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- Como recebeu o voto de confiança do presidente Frederico Varandas antes da partida para Itália?
- Voto de confiança? Os votos de confiança no dia seguinte são despedidos... Estou muito feliz no Sporting e o meu futuro passará pelo Sporting, e que seja por muitos anos. É isso que nos deixa, a mim e à equipa técnica, muito felizes. Em relação ao Fotis...
- O sonho de muitos treinadores é trabalharem na Premier League. Não é o seu?
- Vou ser o mais honesto possível. O que nos trouxe até aqui nunca foi, e porque essa parte é natural, a parte financeira. Os outros países têm mais poder económico do que Portugal. Mas nunca foi isso que nos moveu. Por isso é que se calhar, ao dia de hoje, treino o Sporting. E já disse que o meu sonho era ser campeão nacional no meu país. Se ficar aqui 10 anos sou o treinador mais feliz do mundo. Jamais foi o dinheiro que me vai mover. Claro que quero dar uma vida melhor aos meus, e os meus adjuntos também, mas não é esse o meu foco. O meu sonho foi chegar aqui, ser campeão e consegui. Estou a viver o meu sonho e que assim continue. Se ficar aqui muitos anos sou muito feliz.
- Spalletti elogiou muito Hjulmand. É algo que o preocupa?
- É um grande jogador, por isso não me admira nada que o mister tenha dito isso. Já passou por Itália e tem muita qualidade. Mas não só ele, há vários no Sporting com muita qualidade.
- O Sporting nunca venceu em Itália? É um enguiço que pode ser quebrado desta vez?
- Acredito sempre. Respondo por aquilo que acabei de falar, no trajeto da equipa técnica. É uma equipa técnica que acredita muito independentemente do desafio. Há aquele ditado que diz 'se fosse fácil, era para outro'. Estou motivado, feliz por poder defrontar uma grande equipa, na melhor competição da Europa. Um grande jogo. Com a equipa cada vez melhor na sua qualidade de jogo, num momento bom. Acredito que vamos estar motivados, tal como nós, treinadores, estamos motivados. Acima de tudo, desfrutar do jogo. E que sirva de mais motivação. Às vezes temos de lutar até contra o nosso psicológico, arranjar forma de motivá-los cada vez mais para sermos e nos tornarmos melhores. Que isso sirva de motivação para o futuro, para a história deles. A história do clube também. Que continuem a marcá-la.
- Ainda tem alguma dúvida quanto ao onze a apresentar?
- Por norma, tenho sempre dúvidas até ao lanche. E os adjuntos não me deixam mentir. Eles só sabem quem joga 1h30 antes do jogo. Todos têm de estar preparados, simples quanto isso. E todos têm de ter ligações entre eles. Hoje joga um, amanhã outro. Todos têm de crescer nessas ligações. É por isso que não gosto de dizer o onze antecipadamente, porque todos têm de ter essa mentalidade.
- A equipa tem batido todos os registos ofensivos. Sente que é no aspeto defensivo que é preciso crescer para a se tornar num conjunto mais completo?
- Acho que podemos melhorar em todos os aspetos. Se melhorarmos no aspeto ofensivo, fazemos muito mais golos e podemos sofrer que ganhamos na mesma. Nos últimos jogos temos crescido a nível defensivo, e os golos que sofremos foram em transições, principalmente na Champions contra Marselha e Nápoles. É algo que temos de melhorar, principalmente neste patamar paga-se caro. No que é interno, somos das melhores defesas. Não somos a melhor nos números, mas temos crescido e melhorado. Temos de trabalhar muito no processo ofensivo também, até porque criamos imenso e podíamos ter ainda mais golos. Se marcarmos mais do que os outros, vamos ganhar.
- Frederico Varandas falou também da situação de João Gião. Uma saída do técnico da equipa B seria um revés?
- Isso é algo que me ultrapassa. Neste momento estpu apenas focado no jogo.
- O Sporting perdeu aqui em Turim em 2023 ainda com muitos jogadores deste atual plantel. Acredita que possa existir aqui um sentimento de vingança?
- Penso que não se trata de vingança nenhuma. Pode motivar-nos o facto de nunca termos ganho em Itália, isso pode mexer connosco e tem de mexer. Mas vamos defrontar uma grande equipa, que trocou de treinador e agora tem um grande treinador. Em sua casa, onde ainda não perdeu esta época... Isso demonstra bem as dificuldades que vamos ter amanhã. Mas não se trata de vingança. Só de ser o que temos sido. Somos Sporting, queremos ganhar, e também temos a nossa grandeza independentemente do adversário. Vamos respeitar quem está do outro lado, mas não vamos fugir ao que temos sido, ao que somos e queremos disputar o jogo, dar continuidade ao nosso crescimento e continuar a marcar a nossa história nesta competição.
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