Rui Borges: «Varandas? Votos de confiança no dia seguinte são despedidos»
O Sporting joga esta terça-feira em Turim contra a Juventus para a quarta jornada da UEFA Champions League e tem o objetivo de vencer pela primeira vez na sua história em Itália, algo que também não conseguiu no mês passado em Nápoles (1-2). Rui Borges está confiante, mas tema da conferência de imprensa foi igualmente o facto de ter sido apontado ao Wolverhampton e as declarações consequentes de Frederico Varandas.
«Voto de confiança? Não, votos de confiança no dia seguinte são despedidos, esqueça isso [risos]. Não, não, em relação a isso não tenho nada a dizer, estou muito feliz no Sporting e o meu futuro passará no Sporting, que seja por muitos anos, que é bom sinal. É isso que me deixa muito feliz, a mim e à equipa técnica», disse, em conferência de imprensa, garantindo que não é o dinheiro que o move.
«Vou ser o mais honesto possível. O que nos trouxe aqui, nós, equipa técnica, o que me moveu nunca foi... porque essa parte é natural, a parte financeira, porque os países têm mais poder económico do que Portugal. Mas nunca foi isso que nos moveu, enquanto equipa técnica, é por isso que se calhar ao dia de hoje treino o Sporting. Eu disse que o meu sonho era ser campeão nacional, no meu país. Represento o Sporting, sou campeão nacional, se ficar aqui no Sporting por 10 anos sou o treinador mais feliz do mundo. Por isso jamais será o dinheiro que me vai mover, nunca foi e nunca será. Claro que quero dar uma vida melhor aos meus, e aos meus adjuntos também, com toda a certeza. Mas não é esse o meu foco, o meu sonho era chegar aqui, ser campeão nacional, felizmente consegui. Por isso estou a viver o meu sonho e que assim continue. Por isso é que eu digo que sou um treinador feliz no Sporting e se ficar aqui muitos anos sou um treinador feliz», garantiu, falando também sobre o jogo e a mudança de treinador no adversário.
«A mudança de treinador mexe sempre com o grupo. Mexe com o consciente, atitude, compromisso, por isso independentemente de tudo vão estar muito motivados, jogo de Champions. É um grande treinador, tem uma grande história. A equipa manteve o sistema, três defesas centrais, adaptou um ou outro jogador nas posições com características diferentes. Sabemos que não é o sistema mais usado no seu passado, mas acredito que estaremos preparados para o jogo de amanhã. Se mexer no sistema acredito que a equipa também estará preparada para isso. Focamo-nos no que podemos controlar e não tanto no adversário, até porque de forma estratégica tornou-se mais difícil esse estudo para nós», admitiu.
«João Gião? É algo que me ultrapassa, não vou estar a opinar sobre isso. Estou focado no jogo e se fosse olhar para isso o Bernardo [Palmeiro] já nem estava aí [risos], se calhar estava do lado contrário. Isso passa-me completamente o lado, estamos todos focados num caminho, porque é isso que diferencia o Sporting», finalizou.