A 'culpa' é do Man. United: Emiliano Martínez perde estatuto de vice-capitão no Aston Villa
Unai Emery, treinador do Aston Villa, confirmou que Emiliano Martínez já não é o vice-capitão da equipa. A decisão tornou-se evidente no jogo de quinta-feira, quando outro jogador assumiu a braçadeira na ausência do capitão John McGinn.
O internacional argentino, de 33 anos, era habitualmente a escolha para liderar os Villans sempre que McGinn não estava em campo. Por isso, quando o escocês não constou no onze inicial para o confronto europeu, causou surpresa o facto de não ter sido Martínez a liderar a equipa no Villa Park.
Em seu lugar, foi o defesa inglês Ezri Konsa quem envergou a braçadeira de capitão. Esta alteração será uma consequência da tentativa falhada de transferência do guarda-redes para o Manchester United durante o mercado de verão.
Esperava-se que o argentino deixasse o clube após quatro anos, tendo-se emocionado no último jogo da época passada, no que pareceu ser uma despedida aos adeptos. O seu destino parecia ser o Manchester United, com relatos a indicarem que terá contactado o compatriota Lisandro Martínez sobre a mudança. Os dois clubes estiveram em negociações até ao final da janela de transferências, mas o negócio acabou por não se concretizar.
Após a vitória por 2-0, Unai Emery confirmou a mudança na hierarquia da equipa, embora não tenha esclarecido se a decisão estava relacionada com a transferência falhada.
«O primeiro capitão é o John McGinn», afirmou Emery, citado pelo Birmingham Live. «Decidimos como gerir a sucessão na capitania. Habitualmente, tínhamos outro capitão, o Emi Martínez, como segundo. Mas agora, depois de falar com ele, prefiro que ele se concentre noutras coisas. O Konsa é o próximo. O Tyrone Mings e o Ollie Watkins também. É assim que estamos a gerir a situação».
Após o fecho do mercado, a família de Martínez procurou esclarecer a situação. «Disseram-me que o Emi deu muito como profissional e como pessoa, que gostam muito dele, e isso via-se em campo», disse Alejandro, irmão de Martínez, à DSports Radio. «Ele é muito querido e os diretores não o queriam vender porque é um jogador-chave. Foi uma disputa comercial».
Alejandro acrescentou ainda: «São decisões dos dirigentes do clube. Não aconteceu, mas é como tudo nos negócios. A parte desportiva ficou de fora. O Emi nunca teve qualquer discussão com o Unai. Estava tudo nas mãos da direção e os clubes não chegaram a acordo».
O Manchester United terá sido dissuadido pelo custo da operação. O Aston Villa pedia cerca de 30 milhões de euros pelo guarda-redes argentino, cujo salário atual era superior ao de André Onana, o ex-titular dos red devils.
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