229 mil euros gastos na loja em 24 horas: adeptos do Sheffield terminam boicote

O Sheffield Wednesday, um dos clubes mais antigos do futebol mundial, declarou insolvência na última sexta-feira, o que significou que, uma década depois, Dejphon Chansiri deixou de ser oficialmente dono do clube, que foi colocado sob administração judicial.

Há muito tempo que os adeptos pediam a saída do dono tailandês e chegaram mesmo a fazer um boicote com o objetivo de diminuir as receitas do clube, como forma de protesto, obrigando a Chansiri declarar insolvência.

O plano resultou e, em menos de 24 horas da sua saída, os adeptos gastaram um total de 229 mil euros na loja do clube e ainda foram vendidos mais 9 mil bilhetes para o jogo em casa com o Oxford, que venceu por 2-1, no sábado.

Mesmo assim, o ambiente foi de festa no estádio (mais de 27 mil adeptos nas bancadas) e, segundo a imprensa inglesa, já há quatro a cinco candidatos confiáveis para a aquisição do clube, esperando que a mesma aconteça o mais rapidamente possível, até ao final de novembro.

Além disso, a antiga equipa de Carlos Carvalhal sofreu uma dedução automática de 12 pontos pela EFL, ficando agora com pontos negativos no Championship à 11.ª jornada. No entanto, ainda podem vir a serem deduzidos mais 2 pontos, o que complica e muito as contas para evitar a despromoção para o terceiro escalão do futebol inglês.

Em declarações à BBC, o administrador do Sheffield Wednesday, Kris Wigfield, afirmou: «Como sempre, há muitas partes interessadas que provavelmente não vão cumprir os critérios, mas entre as inúmeras consultas que recebemos, acreditamos que já existem quatro ou cinco partes interessadas que parecem ser sérias.»

«Existem dois critérios que os novos proprietários precisam basicamente satisfazer para então abrir o diálogo e ter a oportunidade de fazer uma oferta. A primeira coisa é que eles precisam mostrar aos administradores que podem tornar o clube de futebol viável. Portanto, eles têm de mostrar que têm fundos suficientes para financiá-lo nos próximos anos. E, em segundo lugar, temos de estar convencidos de que eles passarão no teste de aptidão e idoneidade da EFL», acrescentou.

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