«Saída de Guenther Steiner? Tudo uma questão de resultados», diz diretor da Haas
Gene Haas, fundador da equipa, e Guenther Steiner, ex-chefe do construtor (IMAGO/Motorsport Images)

«Saída de Guenther Steiner? Tudo uma questão de resultados», diz diretor da Haas

FÓRMULA 111.01.202416:19

Ex-chefe de equipa foi substituído pelo diretor de engenharia Ayao Komatsu; figura principal do construtor não põe as culpas no italo-americano, mas assume que quer mudança de abordagem para as próximas temporadas

Gene Haas, diretor da equipa com o mesmo nome, abordou a saída de Guenther Steiner numa entrevista exclusiva à Fórmula 1. O fundador da empresa norte-americana disse que a principal razão está nos fracos resultados que a equipa apresentou desde que está no desporto motorizado, em 2016.

«Tudo se deve ao desempenho», rematou. «Estamos no nosso oitavo ano, com mais de 160 corridas e nunca tivemos um pódio. Nos últimos dois anos, ficámos em 10.º ou 9.º lugar», referiu, apesar de ter conseguido a oitava posição, em 2022. No entanto, nas últimas três temporadas, a Haas ficou em 10.º por duas ocasiões.

«Não estou aqui a dizer que a culpa é do Guenther [Steiner], nem nada que se pareça, mas é a altura certa para fazer uma mudança e tentar uma abordagem diferente, porque não me parece que continuar com o que tínhamos fosse funcionar», frisou.

«Tivemos um final de ano difícil. Não percebo isso, não percebo mesmo. São boas perguntas para fazer ao Guenther [Steiner], sobre o que correu mal. No final do dia, o que importa é o desempenho. Não tenho qualquer interesse em ficar em 10º lugar», reforçou.

Ayao Komatsu é o novo chefe de equipa da Haas (IMAGO/Motorsport Images)

Por esta razão, o diretor da equipa decidiu promover o antigo chefe de engenharia Ayao Komatsu, que está na Haas desde o primeiro Grande Prémio - começou como engenheiro de corrida -, alegando que o nipónico oferece uma visão «baseada na estatística«, algo que Gene Haas considerou ser uma falha no agora antigo chefe de equipa.

«Gosto muito de ter pessoas que conheço, que compreendem as operações do dia a dia, que compreendem as pessoas, [em vez de] trazer um estranho que vai agitar tudo e criar uma confusão», justificou o fundador, referindo-se ao japonês.