Quem é o protegido de Novak Djokovic que venceu as Next Gen ATP Finals?

Hamad Medjedovic, que derrotou Arthur Fils na final do torneio, foi ajudado financeiramente pelo n.º1 mundial

As Next Gen ATP Finals representam uma competição destinada aos melhores jovens tenistas do circuito profissional cujos vencedores prometem dar cartas no futuro da modalidade. Prova disso são vencedores da competição, tais como Stefanos Tsitsipas (2018), Jannik Sinner (2019) ou Carlos Alcaraz (2021). 

O torneio teve a sua estreia em Milão, no ano de 2017, e o último vencedor do troféu foi Hamad Medjedovic, que bateu Arthur Fils em cinco parciais (3/4(8-6), 4/1, 4/2, 3/4(11-9), 4/1. O vencedor da mais recente edição, com 20 anos, teve rápida ascensão em 2023. 

Começou a temporada na 255.ª posição do ranking ATP e terminou a mesma em 110.º. Conquistou três títulos ao nível ATP Challenger em Maiorca (Espanha), Mauthausen (Áustria) e Szekesfehervar (Hungria) e detêm um recorde de 26 vitórias e 13 derrotas no circuito Challenger e 7 triunfos e outros tantos desaires em torneios ATP. Facto que não passou despercebido ao líder da hierarquia mundial masculina, Novak Djokovic, que partilhou nas redes sociais a seguinte publicação:

Apesar do mérito individual do jovem sérvio, Hamad passou a contar com a ajuda de Novak Djokovic, que pagou inúmeras despesas do tenista, tal como revelou ao site da ATP - Associação de Tenistas Profissionais, que organiza o circuito profissional.

«Ele tem-me ajudado financeiramente. Tem-me dado tudo o que preciso para a minha carreira. Ele cobriu tudo. Ajudou-me quando precisei e continua a ajudar-me de todas as formas. Estou contente por ele estar lá para mim», frisou.

O seu pai, por sua vez, foi mais a detalhe na assistência que o n.º1 mundial tem dado, em declarações ao jornal Sportal.

«Falámos especificamente sobre as etapas da carreira de Hamad [Medjedovic]. Belisquei-me durante essa conversa para me convencer de que tudo isto estava a acontecer. Ele estava a dar-me ideias sobre o que fazer e lembro-me de lhe dizer: 'Nole, lamento, mas tudo isto custa dinheiro’. Ele insistiu e sugeriu-me um treinador, disse-me como devíamos proceder e acrescentou: ‘O Hamad é que tem de treinar, eu faço o resto’. Não gastámos um cêntimo e, acreditem, não é uma quantia pequena no mundo do ténis, pelo contrário», sublinhou.

A primeira vez que os dois tenistas se conheceram, foi no 10.º aniversário do jovem sérvio, avançou Medjedovic em entrevista ao site do circuito profissional ATP. Na altura, Djokovic já era múltiplo campeão de Grand Slams, já conhecendo também o sabor do primeiro lugar no ranking mundial.

«Lembro-me que estávamos à espera dele e, do nada, ele apareceu. Quando o vi, fiquei bastante chocado. Era a primeira vez que nos encontrávamos», afirmou.

Daí em diante, o melhor jogador da atualidade ia mantendo contacto com o seu fã, que subiu o seu estatuto quando treinou pela primeira com o seu ídolo de infância, com 16 anos.

Outra grand objetivo alcançado por Hamad foi a estreia em palcos de Grand Slam. Esta deu-se na última edição de Roland Garros (2023), no qual o sérvio passou a fase de qualificação, tendo ficado pela primeira ronda do mítico torneio francês frente a Marcos Giron (75.º) 

Depois seguiu-se o prestigiante Wimbledon, com desfecho semelhante: garantiu presença no quadro principal, mas foi derrotado por Christopher O'Connell (73.º), no seu encontro inaugural.