K-1 World GP vai passar por Portugal
Ali Khoori, vice-presidente da Federação de Kickboxing de Abu Dhabi e Carlos Ramjanali, membro do 'board' da WAKO

KICKBOXING K-1 World GP vai passar por Portugal

MODALIDADES04.02.202420:40

Carlos Ramjanali, antigo campeão mundial da modalidade, assegurou os direitos de produção da mítica prova

Há um português envolvido num dos mais extraordinários momentos da alta roda do kickboxing internacional, mas desta vez fora do ringue. Carlos Ramjanali, antigo campeão mundial da modalidade, garantiu os direitos de produção das míticas provas de K-1 World GP e os frutos dessa parceria vão surgir já em março, numa prova a realizar no Casino do Estoril. 

Para o diretor executivo da WAKO, a federação internacional que rege a modalidade, e general manager da WAKO PRO, este é um momento ímpar para Portugal. 

«É um momento único, a notoriedade dos desportos de combate nasceu nas provas do K1 World GP, não há ninguém que goste de desportos de combate que não tenha memórias deste grande evento, seja dos ringues espetaculares ou dos atletas. A marca K1 passou um mau bocado mas renasceu bem e vamos agora tratar da sua expansão fora do Japão. O modelo de competição mantém-se ainda bastante atual, apesar de ter algumas nuances face ao que conhecíamos», afirma Carlos Ramjanali, garantindo que Portugal estará à altura do desafio:

«É uma responsabilidade gerir a ativação da marca mundialmente, há toda uma história de sucesso associada, um ADN de campeões e de eventos acima da média. Todos se lembram das finais no Tokyo Dome, na noite de passagem de ano, eventos que trouxeram a dinâmica que existe hoje no UFC, por exemplo. Por outro lado, temos uma equipa sólida, experiente e bem alicerçada e uma confiança enorme na marca. É um orgulho conseguir este ativo para Portugal.»

Carlos Ramjanali sublinha ainda que o K1 World GP vai mesmo passar pelo nosso País.

«O caminho para essa mítica final passa por Portugal, mas a parceria entre empresas é mais vasta e passa por várias latitudes. Começa, por exemplo, no dia 3 de Março, no Casino do Estoril. Já vamos ter cá atletas da equipa K1, mas há mais eventos na forja, na Europa e nos Estados Unidos, geridos pela mesma equipa que montou o Mundial da WAKO que decorreu em Albufeira em novembro passado. A supervisão dos eventos vai ser feita integralmente pela WAKO Pro e vamos contar com alguns dos grandes nomes que estiveram na vanguarda do crescimento da modalidade, aqueles que todos conhecem e se lembram», revela, confiante que o futuro do kickboxing em Portugal será risonho perante o talento existente por cá.

«Portugal sempre foi uma incubadora de talentos de excelência. Ainda há dias falava com o Francisco Maximiano, um dos maiores atletas de sempre em Portugal, sobre este renascimento do K1 e das nossas hipóteses. Há muito talento em Portugal, uma grande parte dele teve de emigrar porque a competicão por cá tem sido deficitária, mas acho que sim, temos talentos incríveis que já dão cartas na Europa. Falo do Bassó Pires, que tem tido uma ascensão meteórica com a KO Team, falo do Miguel Trindade, um caso sério de talento que vive e treina em Espanha, e do André Santos, que trabalha agora na Holanda. Há mais além destes, mas o futuro da modalidade está bem assegurado com estes e com a Sofia, o Ricardo Hilário, entre outros, que têm tido ótimas prestações nas provas internacionais da WAKO», elencou.