Montenegro pede um país com «mentalidade de Cristiano Ronaldo»

Luís Montenegro escolheu uma metáfora desportiva para marcar o tom da sua mensagem de Natal e deixar claro o rumo que pretende para o país. «Ou nos contentamos com esta circunstância, em que estamos bem, mas sabemos que se nos mantivermos assim a médio prazo vamos perder face à evolução dos outros, ou aproveitamos a situação em que estamos e tratamos já de garantir a nossa própria evolução para continuarmos a crescer mais do que os outros no futuro. É a diferença entre ‘jogar para empatar ou jogar para ganhar’ e a minha opção é claramente a segunda», afirmou o primeiro-ministro, assumindo que defende uma postura de ambição e risco calculado.

«Uso esta metáfora desportiva porque ela expressa bem a opção que temos diante de nós», reforçando a ideia de que Portugal deve adotar uma «mentalidade de Ronaldo». Mais à frente, foi ainda mais direto no apelo aos portugueses: pediu que abandonem a «mentalidade do deixar andar» e adotem uma lógica de «superação».

No restante discurso, o chefe do Governo reiterou posições já conhecidas, desde a oposição à greve geral à convicção de que é necessária uma intervenção firme em matérias como a imigração e a legislação laboral. Mostrou-se confiante na estabilidade da legislatura até 2029, recordando o arquivamento do processo relacionado com a Spinumviva e a aprovação do Orçamento do Estado com a abstenção do PS.

A mensagem terminou com palavras de reconhecimento para profissionais dos serviços essenciais e para as famílias afetadas por conflitos internacionais, fechando com a ideia de que Portugal tem talento e excelência espalhados pelo mundo, faltando apenas, defendeu, assumir plenamente uma ambição de vitória.