Ciclista suspenso por doping alega que foi... para estudar
Christian Kornum foi suspenso por dois anos pela Agência Antidopagem da Dinamarca, depois de testar positivo a metilfenidato
Christian Kornum, jovem promessa do ciclismo dinamarquês, viu-se envolvido numa situação insólita e com consequências pesadas. O atleta de 21 anos foi suspenso por dois anos pela Agência Antidopagem da Dinamarca, depois de testar positivo a metilfenidato - substância presente no conhecido medicamento Ritalin, geralmente prescrito para o tratamento de TDAH.
O controlo antidoping foi realizado após o Campeonato Nacional Sub-23, em maio do ano passado, onde Kornum conquistou a medalha de prata ao serviço da equipa Aalborg-Sparekassen Danmark. Na véspera da prova, o ciclista reuniu-se com colegas de estudo, e foi aí que tudo se complicou. Dois desses colegas, diagnosticados com TDAH, falaram sobre os efeitos do Ritalin e um deles ofereceu-lhe um comprimido, sugerindo que ajudava na concentração. Kornum, curioso, aceitou, assumindo que seria semelhante à cafeína.
Segundo o próprio atleta, não fazia ideia de que a substância estava na lista de substâncias proibidas, nem imaginava que ainda estaria no organismo no dia da prova. De forma transparente, revelou no momento do controlo que tinha tomado Ritalin, só então percebendo a infração cometida.
Dada a ausência de dolo e a colaboração no processo, a sanção foi reduzida para dois anos, quando poderia atingir os quatro anos habituais em casos de dopagem intencional. A suspensão é retroativa a 4 de julho de 2024, data em que o próprio Kornum pediu para ser afastado preventivamente.
Um episódio caricato que serve de alerta: no desporto de alta competição, até um comprimido inocente pode custar uma carreira.