Apenas 66 horas depois de ser eliminado da Liga dos Campeões pelo Real Madrid, o Manchester City jogou, este sábado, com o Chelsea, para a Taça de Inglaterra. Apesar da (suada) vitória, após a partida, Pep Guardiola criticou ferozmente o calendário congestionado que as equipas de topo enfrentam atualmente. «É inaceitável. Não é normal. Pela saúde dos jogadores, depois de um jogo em que fomos a prolongamento… é inaceitável. Não percebo como sobrevivemos hoje», começou por dizer à BBC. «Sei que nada vai mudar. Nada. Porque é que não descansamos mais um dia pela saúde dos jogadores? Como é que nos preparamos para o Chelsea na altura mais crítica da época? É impossível, não há hipótese», acrescentou. O Manchester City terminará a temporada com 59 jogos realizados, separados por sete competições diferentes. Tal motivou, recentemente, o médio da equipa Rodri a dizer que necessita de uma pausa. Mikel Arteta, técnico do Arsenal, teve críticas semelhantes às do seu compatriota - jogou à noite com o Wolverhampton -, numa altura em que a sua equipa se encontra a meio de um período de 25 dias (de 3 a 28 de abril) em que fará oito jogos. «Não tem a ver comigo ou com o Guardiola, tem a ver com o bem-estar dos jogadores. Não está correto. Se queremos proteger, temos de falar dos jogadores, dos protagonistas», criticou, citado pelo Daily Mail, após a vitória deste sábado sobre o Wolverhampton, para a Premier League. «Vamos proteger os jogadores e fazer tudo o que pudermos para lhes dar o máximo de tempo para os ajudar a recuperar, a atuar e a fazer o espetáculo que fazem todas as semanas. Eles são inacreditáveis e é um prazer trabalhar com eles», concluiu. Apesar destes protestos, o calendário futebolístico só ficará mais congestionado a partir da próxima época, com a introdução do novo formato da Liga dos Campeões (onde todas as equipas farão, pelo menos, oito jogos), e do novo Mundial de Clubes, que se realizará no final da época 2024/25, com 32 equipas.
