Guardiola agradecido a Bernardo Silva: «Só pensava 'tempo extra não, por favor'»

Após 120 minutos de futebol (mais grandes penalidades), na quarta-feira, frente ao Real Madrid, que resultou na eliminação do da Liga dos Campeões, o Manchester City voltou a entrar em campo e conseguiu uma importante vitória em Wembley, contra o Chelsea, apurando-se para a final da Taça de Inglaterra.

No espaço de 72 horas, os citizens tiveram de jogar dois jogos de alta intensidade e Pep Guardiola voltou a queixar-se do calendário, afirmando que isto não pode acontecer, até pelas circunstâncias do último encontro: «É inaceitável deixarem-nos jogar hoje. É impossível, não é saudável para os jogadores, não é normal, é inaceitável. 120 minutos, as emoções com o Real Madrid, a forma como perdemos, honestamente… eu sei que este país tem uma ligação especial com a FA Cup, mas é pela saúde dos jogadores. Eu não entendo como sobrevivemos hoje.»

O espanhol ainda questionou por que é que o jogo não foi realizado no domingo, até porque os restantes clubes ainda presentes na competição não tiveram qualquer jogo durante a semana: «Pensas que se eu exigir algo vai mudar? O único poder que eu tenho é dizer isto aqui. Porque não jogámos amanhã? O Chelsea, o Manchester United e o Coventry não jogaram durante a semana. Eu só quero proteger os meus jogadores. É inaceitável, é senso comum. Eu não estou a pedir algo especial ou um privilégio.»

«É tão difícil recuperar mentalmente. O Rodri, a forma como jogou hoje, o Kyle, que esteve lesionado durante algumas semanas, eu não percebo como sobreviveram. Queremos jogar futebol e gostamos de jogar futebol, mas é demasiado», acrescentou.

Por fim, o técnico demonstrou-se agradecido a Bernardo Silva por ter feito o golo da vitória, ainda no tempo regulamentar, que impediu os seus jogadores de jogarem 120 minutos de forma consecutiva: «Vamos defender o nosso troféu, estaremos lá. Eles mataram-nos nas transições. O jogo foi tão apertado. Eu só pensava... tempo extra não, por favor.»