Mathieu van der Poel venceu a sexta etapa da Taça do Mundo em Koksijde
Mathieu van der Poel venceu a sexta etapa da Taça do Mundo em Koksijde

Van der Poel parece estar farto de vencer e assume final de carreira

Neerlandês reforça a possibilidade de se retirar do ciclocrosse após o Mundial 2026, em que pretende bater o recorde de títulos, com oito

Vinte e quatro horas após a etapa da Taça do Mundo de Antuérpia, a competição de ciclocrosse seguiu para Koksijde, ainda na Bélgica, e a história foi a mesma - domínio e vitória de Mathieu van der Poel. O dia em que o heptacampeão mundial da disciplina admitiu a possibilidade de se retirar definitivamente do ciclocrosse após o Campeonato do Mundo, em Hulst, nos Países Baixos, em 1 de fevereiro de 2026, em que pretende conquistar o oitavo título e desempatar-se com o belga Erik De Vlaeminck.

Mathieu van der Poel continua a dominar no ciclocrosse

Nas ausências de Wout van Aert e de Thibau Nys, a tarefa foi ainda mais fácil para o neerlandês da equipa Alpecin-Deceuninck na sexta prova da Taça do Mundo, alcançando a terceira vitória consecutiva no mesmo número de provas cumpridas esta temporada na disciplina – todas a contar para esta competição por pontos e 12 corridas.

Recorrendo-se de técnica e potência excecionais, Van der Poel instalou-se no comando da corrida, passando a gerir o esforço e a distância para os adversários, para concluir com sete segundos de vantagem sobre o belga Laurens Sweeck (Crelan–Corendon), que repetiu o segundo lugar da véspera em Antuérpia, mas não o êxito da temporada transata em Koksijde. Niels Vandeputte (Alpecin-Deceuninck) fechou o pódio, a 13 segundos de Van der Poel.

Com mais um segundo posto, Sweeck reforçou a liderança da Taça do Mundo para 18 pontos sobre o compatriota Michael Vanthourenhout (Pauwels Sauzen). Mathieu van der Poel, que não participou nas quatro primeiras provas da competição, já é o quarto da tabela, a 26 pontos do primeiro classificado.

Após mais um triunfo esmagador, Mathieu van der Poel abordou o tema do final de carreira no ciclocrosse, que já tinha colocado como possibilidade após o Mundial de 2026. «Em Hulst, seria fantástico bater o recorde de títulos mundiais no meu país», começou por afirmar o corredor de 30 anos.

«Não irei dedicar-me ao ciclocrosse para sempre. A hora de acabar chegará um dia, tanto no ciclismo de estrada como no ciclocrosse. O Campeonato do Mundo em Hulst pode ser a minha despedida definitiva do ciclocrosse? Quem sabe?", revelou ao Nieuwsblad.

Mathieu van der Poel reforça a ideia de se retirar do ciclocrosse após o Mundial 2026

«Sempre disse que queria retirar-me do ciclocrosse no meu país, com o recorde. Não tenho muito mais para conquistar nesta disciplina. O fim é certamente uma possibilidade no final desta temporada, mas ainda não está nada decidido», ressalvou Van der Poel, que pode estar a fazer o seu último ano de uma carreira ímpar na lama.