Uma família portuguesa, com certeza…
MARIENFELD - Imaginando que existiam prémios por categorias para os adeptos do Euro 2024, os Ramos ganhariam, sem hesitações, o de Família Simpatia. Ele é o Ricardo, tem 30 anos, é técnico de Turismo, mas trabalha numa empresa de reciclagem de alumínio, e veio para a Alemanha com 18; ela é a Jaqueline, tem 28 anos, é enfermeira e já nasceu em terras germânicas, filha de emigrantes da aldeia da Peva, Moimenta da Beira; conheceram-se na Alemanha, onde já nasceram os filhos, Milan, de 6, e Mara, de 4.
Vivem em Hagen, a cerca de 80 quilómetros de Marienfeld, onde os encontrámos por diversas vezes no exterior do hotel da Seleção Nacional. E, além da simpatia e do amor que se sente quando estamos com eles, une-os a paixão pelo futebol e, em particular, pela equipa de Portugal.
No quartel-general, já se cruzaram com vários jogadores. «Ainda há pouco vimos o Bernardo Silva», atira Ricardo. «Mas ainda não vimos quem mais queríamos, o Ronaldo. Disseram-nos que foi ali ao portão dar autógrafos de manhã, tivemos azar», continua Jaqueline.
Não encontraram a estrela mais cintilante em Marienfeld, mas já o viram ao vivo e a cores em «dois jogos neste Europeu, com a Geórgia, em Gelsenkirchen, e com a Eslovénia, em Frankfurt», no qual sofreram «muito, muito mesmo», como nos conta Jaqueline. Sim, estivémos um pouco abaixo do que esperava. Contava com uma goleada», acrescenta Ricardo.