UCI suspende António Carvalho por quatro anos
Suspenso provisoriamente há mês e meio, António Carvalho, de 36 anos, viu, esta quarta-feira, a sua suspensão ser confirmada pela União Ciclista Internacional (UCI) por um «período de inelegibilidade de quatro anos, na sequência de uma violação das regras antidoping pelo uso de uma substância proibida e/ou um método proibido, devido a anomalias inexplicáveis no seu passaporte biológico de atleta em 2018, 2023 e 2024», justifica o comunicado da UCI, informando ainda que aquele organismo não efetuará mais comentários sobre o caso.
«De acordo com o Código Mundial Antidopagem (Código) e as Regras Antidopagem da UCI (UCI ADR), o período de inelegibilidade teve início em 4 de novembro de 2025 e é válido até 3 de novembro de 2029», ou seja, quando Carvalho já tiver completado 40 anos, o que pode significar o adeus à carreira de Carvalho, que desde 2023 competia pela equipa do Feirense-Beeceler depois de ter passado no percurso como profissional na LA Alumínios-Antarte (2013-2014), W52-Quinta da Lixa (2015), W52-FC Porto (2016-2019) e Efapel (2019-2022), antes de transferir-se para a equipa de Santa Maria da Feira.
António Carvalho, duas vezes terceiro classificado na Volta a Portugal, conquistou ainda duas edições do Grande Prémio Jornal de Notícias (2015 e 2018) e venceu duas vezes no alto da Senhora da Graça (2019 e 2022).
Este caso soma-se a outros recentes no pelotão que voltaram a chamar a atenção para os testes biológicos, como o de Oier Lazkano, que também foi suspenso provisoriamente em outubro por valores anormais no seu passaporte.
Ambos os casos sublinham a crescente vigilância da UCI e da ITA em relação às flutuações hematológicas dos ciclistas e seu compromisso com a integridade do desporto.
O passaporte biológico baseia-se na monitorização de determinados parâmetros biológicos - através de amostras de sangue e de urina - , que, de uma forma indireta, podem revelar os efeitos da utilização de substâncias ou métodos proibidos.