Thomas Frank, treinador do Tottenham
Thomas Frank, treinador do Tottenham - Foto: IMAGO

Thomas Frank sem papas na língua: «Não são verdadeiros adeptos»

Treinador do Tottenham não gostou de ver alguns adeptos a assobiarem o guarda-redes Guglielmo Vicario

Thomas Frank não poupou nas críticas a uma parte dos adeptos do Tottenham, que assobiaram o guarda-redes Guglielmo Vicario durante a derrota caseira por 2-1 frente ao Fulham.

O guardião italiano foi um dos protagonistas pela negativa no encontro, ao cometer um erro crasso que permitiu a Harry Wilson marcar o segundo golo dos visitantes numa baliza deserta. Algo que o treinador dinamarquês não teve problemas em assumir.

«Quando se está a perder por 2-0 aos seis minutos, há uma montanha para escalar. Numa fase má, tudo parece correr contra nós. O primeiro golo foi um remate desviado, o segundo é um erro do Vic», começou por dizer antes de criticar os adeptos que o assobiaram.

«Não gostei que os nossos adeptos o tenham assobiado logo a seguir ao erro e noutras ocasiões. Não podem ser verdadeiros adeptos do Tottenham porque todos se apoiam uns aos outros quando estamos em campo a dar o nosso melhor», explicou.

«Podem assobiar após o jogo, mas durante é inaceitável»

O técnico de 52 anos também não gostou que os adeptos o tivessem feito durante o jogo e não apenas após o jogo.

«Não tenho problemas que nos assobiem no final do jogo, mas não durante. Na minha opinião, isso é inaceitável», disse.

Vicario: «Os adepto têm direito a fazer o que pensam»

O próprio Guglielmo Vicario não teve problemas em assumir que foi o responsável pelo golo.

«É difícil, nunca se espera estar a perder por 2-0 aos seis minutos. O segundo golo, em particular, foi um erro meu. Assumo a responsabilidade. A minha intenção era aliviar a bola para longe, mas acertei-lhe mal», admitiu o guarda-redes.

Sobre a reação dos adeptos, o italiano mostrou-se conformado.

«Faz parte do futebol. Sou um homem crescido, já tenho alguma idade. O que posso dizer? Não nos podemos deixar influenciar pelo que se passa nas bancadas. Os adeptos têm o direito de fazer o que pensam. Cabe-nos a nós manter a calma e focarmo-nos no nosso trabalho», concluiu.