Taís de prata em Antalya, nunca uma júnior chegara à final num 'grand slam'
Ao sofrer um primeira wazari com 2.19m do combate decorrido e depois outro a 56s do fim, Taís Pina (50.ª do ranking mundial) assegurou, esta tarde, a prata dos -70 kg no Grand Slam da Antalya ao perder a final frente à austríaca Michaela Polleres (7.ª).
Desfecho que não ensombra em nada a brilhante prestação que a judoca do Algés, de apenas 19 anos, teve ao longo da prova turca e tendo em conta que ainda é júnior. Após, em fevereiro, ter ficado a uma vitória no Grand Slam de Paris, Taís, que foi bronze no Europeu Sub-23 Potsdam-2023, desta vez não deixou fugir a oportunidade de pontuar seriamente para o ranking olímpico de Paris-2024, não tendo apenas conseguido fazer frente à experiência de Polleres, de 26 anos, que soma 14 pódios no Circuito Mundial e é medalhada olímpica, prata em Tóquio-2020.
Note-se que Taís é apenas a segunda júnior portuguesa a chegar ao pódio no Circuito desde que este foi criado em 2019, depois de Patrícia Sampaio ter sido bronze nos grand prix de Marraquexe e Tbilisi em 2019. A diferença é que desta feita foi num grand slam e para uma final. Esta foi a sexta vez que Pina disputou uma etapa do Circuito Mundial, tendo-se estreado na passada temporada no Grand Prix de Almada.
Passando tranquilamente à segunda ronda em Antalya devido à ausência da adversária de Madagáscar Aina Razafy (40.ª) no combate inaugural, no seu real primeiro confronto eliminou a uzbeque Gulnoza Matniyazova (18.ª) com um ippon a 29s do fim, mas quando já havia marcado wazari cerca de um minuto antes.
Seguiu-se a bósnia Aleksandra Samardzic (32.ª), contra quem teve de sair do tapete por estar a sangrar logo no primeiro minutos Nada a perturbou. Mesmo tendo que ir ao ponto de ouro, foi aos 49s do prolongamento que conseguiu o wazari que a colocou nos quartos de final face à neerlandesa Kim Polling (22.ª).
Outra judoca com melhor ranking e bem mais experiente (33 anos). Imobilizou-a a 1.06m do termo do combate. Curiosamente a mesma forma que serviu para chegar à final derrotando a australiana Aoife Coughlan (10.ª) e estar, ainda com idade de júnior, a discutir o ouro num grand slam pela primeira vez.
A prata trouxe-lhe 700 pontos para o ranking mundial, onde é 50.ª, e olímpico, 40. ª, a 16 lugares das posições que dão a qualificação direta para Paris-2024.