Yeremay, 22 anos, extremo do Corunha (IMAGO)

Sporting: «Yeremay é vertical, rápido, técnico e cada vez com mais golo»

Toñito, campeão pelo Sporting em 1999/2000, nasceu nas Canárias, como o desejado extremo espanhol. Antigo médio analisa o compatriota. «É um extremo que pode jogar nas três posições de frente», diz

Yeremay Hernández, extremo/avançado nascido em Las Palmas (Canárias) em 2002; António González, médio de ataque nascido em Tenerife (Canárias) em 1977.

A BOLA foi ouvir o que pensa Toñito, campeão nacional pelo Sporting em 1999/2000, sobre o potencial reforço dos leões já este mês, igualmente canário. «Se o conheço? Sim, amigo. Aqui nas Canárias todos conhecemos todos. Nunca falei com o Yeremay, mas, futebolisticamente, conheço-o muito bem. É um extremo que pode jogar nas três posições de frente. Atrás do avançado principal ou como um dos dois extremos. É muito vertical, rápido e técnico. E na última temporada mostrou que também tem muito golo. Fez 15 e está a crescer. Quanto mais jogar, mais melhorará.»

Toñito no Sporting na época 2003/2004 (A BOLA)

Toñito prossegue na análise ao ainda jogador do Corunha. «Se for contratado, dará muita profundidade ao Sporting e também muitos golos e assistências. Com Quenda de um lado e Yeremay do outro, o Sporting teria dois grandes extremos. Nunca jogou na divisão principal de Espanha, sim, mas, se gostas de um jogador, só podes saber o seu real valor se apostarem nele. Atualmente, os clubes têm muitas possibilidades de analisar um jogador e os seus números. Mas, claro, só jogando podes ter a certeza absoluta de que tem nível para o Sporting. O Gyokeres não veio da segunda divisão? O Kochorashvili não veio do Levante? O Suárez não veio do Almería?»

«O amor que sinto por Portugal é infinito e eterno. Sinto-me mais português que espanhol»

Os clubes de topo em Portugal contrataram, nos últimos anos, muitos jogadores espanhóis ou que jogavam em Espanha, casos de António Adán, Iván Fresneda, Pedro Porro, Pablo Sarabia, Feddal ou Rui Silva (Sporting), Darwin Núñez, Carreras, Bernat ou Obrador (Benfica), Toni Martínez, Nico González, Iván Jaime, Samu, Gabri Veiga ou Borja Sainz (FC Porto) e Abel Ruiz, Victor Gómez, Álvaro Djaló, Adrián Marin, Gabri Martínez ou Roberto Fernández (SC Braga).

Toñito fala da relação que tem com Portugal e da ligação futebolística entre os dois países: «O amor que sinto por Portugal é infinito e eterno. Sinto-me mais português que espanhol, porque praticamente toda a minha carreira profissional foi feita em Portugal. Além disso, os clubes agora já não querem pagar demasiado por grandes jogadores que têm idade mais avançada e estão a apostar em grandes jogadores jovens com um futuro muito mais longo e que podem dar rendimento imediato. E como Espanha e Portugal trabalham muito bem as suas bases, um e outro aproveitam os jogadores com potencial de adaptação mais elevado do país vizinho.»