Sporting: trancas na baliza têm dado segurança extra
'O melhor ataque é a defesa.' Quantas e quantas vezes se ouve esta expressão na gíria futebolística? Em Alvalade mora a segunda defesa menos batida da Liga, com seis golos, a par do Gil Vicente — o FC Porto apenas consentiu três — e é dos leões o ataque mais concretizador, com 31 golos (mais seis do que FC Porto e Benfica), os segundos mais certeiros do campeonato nacional.
No último domingo, em Alvalade, na receção ao E. Amadora, adversário a quem o Sporting aplicou chapa quatro, a equipa de Rui Borges alcançou o maior ciclo sem sofrer golos desde que o treinador de Mirandela assumiu o comando da equipa — o melhor registo foi conseguido na última época, ainda sob a batuta de Ruben Amorim, com a baliza invicta em cinco jogos consecutivos, mais concretamente em quatro jogos da Liga e um da Champions. Diga-se que, nesta equação, entram todas as competições e em que os leões estão envolvidos que, no caso são três: Marinhense, para a Taça de Portugal, Club Brugge, na Liga dos Campeões, e Estrela da Amadora, na Liga.
Duas peças entre os postes: Rui Silva, que na presente temporada leva 15 jogos como titular, tendo sofrido uma dezena de golos, enquanto João Virgínia foi quem assumiu a defesa das redes nos restantes seis compromissos (consentiu cinco golos).
No final do encontro com os tricolores, já com os três pontos no bolso, o lateral-esquerdo Matheus Reis revelou alguns segredos para o sucesso e realçou a segurança extra que isso confere à equipa, em declarações à televisão do clube: «É excelente, eu como defesa valorizo muito. É o trabalho diário. Estudamos muito, trabalhamos muito com o mister [Ricardo] Chaves, que é a nossa referência na defesa, e também as bolas paradas com o Fernando [Morato], está a dar resultado, os jogos mostram isso e que continuemos assim.»
Defesa também marca
Se no ataque Luis Suárez assume o papel de matador (chegou a Alvalade com a pesada herança de ser o substituto de Gyokeres), com 12 golos já apontados, seguido por Pedro Gonçalves (9) e Trincão (8), há que realçar que os homens da defesa também têm feito o gosto ao pé.
Ricardo Mangas já marcou dois golos, Fresneda, Eduardo Quaresma e Maxi Araújo já marcaram um cada e também fizeram uma assistência para golo, enquanto Vagiannidis, Gonçalo Inácio já assistiram por duas vezes e Matheus Reis uma.
Falamos, portanto, de um setor que tem sido fulcral na caminhada leonina que, diga-se, na próxima sexta-feira, tem prova de fogo em casa do eterno rival Benfica, antes da difícil deslocação a Munique, para a Liga dos Campeões.