Sporting: Debast com nova vida
A vida dá muitas voltas e no futebol então nem se fala. Zeno Debast foi contratado pelo Sporting ao Anderlecht — €15,5 milhões fixos, operação financeira que já vai nos €17,5 M e que pode chegar, no máximo, aos €21 M, por objetivos — como defesa-central, mas, nas mãos de Rui Borges passou a médio e com distinção, tendo merecido, por diversas vezes, rasgados elogios por parte do treinador.
Esta temporada, com aposta num claro 4x2x3x1, o belga perdeu espaço no miolo, com Hjulmand, Kochorashvili, Morita e Daniel Bragança (na reta de final de recuperação) a serem os principais candidatos e para recuar para a sua posição de origem, o eixo da defesa, foi preciso Diomande lesionar-se, tendo em conta que Debast começou no banco nos dois jogos oficiais já cumpridos.
Contas feitas, passaram-se cinco meses desde que Debast não joga a central como titular, perfilando-se para fazer parceria com Gonçalo Inácio já no próximo domingo, na receção ao Arouca, na 2.ª jornada da Liga. A BOLA falou com Tonel, antigo central dos leões, para ouvir os prós e contras sobre a situação.
«Acho que o Debast, sendo central de origem, sente-se mais motivado. Acredito que prefira jogar como central do que como médio. Agora, mostrou que faz bem as duas posições. Nesta altura, não tem as mesmas rotinas e entrosamento que Diomande tem com Gonçalo Inácio, o qual, à priori, será o companheiro de setor», começou por dizer.
«Em termos de motivação e estímulo para o jogo, acredito que o Debast queira jogar e verá isto como uma oportunidade para agarrar o lugar», complementou.
E Tonel acredita que o novo sistema implementado por Rui Borges até possa beneficiar o belga: «Ele interpreta bem o jogo, sai muito bem com a bola a jogar e, acima de tudo, é inteligente. Não é um central tão físico como o Diomande, mas é um central que sabe posicionar-se bem, é concentrado e é melhor até que o Diomande em termos técnicos, é mais capaz. Acho que não tem problema nenhum em jogar a central a dois, aliás, já mostrou isso ao serviço da seleção da Bélgica e saiu-se bem.»
Sugestão de vídeo: