Na estreia no Mundial, Agostinho Pinto acredita que jogar com seleções de grandes potências é bom para o crescimento de Portugal

Seleção recebida em festa depois de fazer história no Mundial

Portugal terminou em sétimo lugar no Mundial de sub-19 onde nunca tinha participado. No regresso a casa, as jogadoras foram recebidas com carinho e euforia

Depois de passarem nove dias na Chéquia onde disputaram o campeonato do Mundo, a equipa portuguesa chegou hoje ao aeroporto de Lisboa e foi recebida por dezenas de pessoas. Ao saírem da porta das chegadas, tinham os seus familiares e amigos à espera, em grande festa e tão felizes pelos resultados como as próprias.

À frente desta «nova família« que se criou esteve Agostinho Pinto. O selecionador nacional não escondeu o orgulho no grupo e no resultado alcançado pelas jogadoras que nunca tinha estado num palco desta dimensão. No regresso a casa, o ambiente de festa e cantoria justificava-se plenamente no orgulho demonstrado pois ficaram entre as sete melhores seleções.

«É uma experiência fantástica estar a jogar com as melhores equipas do mundo, estar ali a ver jovens que um dia vão ser estrelas da WNBA é sempre super gratificante», referiu o técnico.

Agostinho Pinto não escondeu que, também para ele, foi um passo enorme no crescimento e para o desenvolvimento da modalidade ter a oportunidade para aproveitar uma experiência que lhe permitiu o contacto direto com realidades tão distintas da portuguesa. «É um sonho, às vezes, estar ali a ver países como os Estados Unidos, Austrália, Canadá, França que são grandes potências. Fazem-nos também crescer», justificou. «Nós, Portugal, que somos um país pequeno estarmos num Mundial a dignificarmo-nos e a vencer grandes seleções é ótimo», concluiu, mostrando-se felicíssimo com o resultado final.

A Seleção estreou-se em Mundiais em Brno, integrada no Grupo B, onde teve de defrontar Canadá, China e Nigéria, perdendo apenas contra a forte seleção do Canadá e ficando em 2.º do grupo.

Pela frente surgiram, então, as israelitas e apesar de terem abanado, as portuguesas aguentaram-se e marcaram encontro com Espanha, sem nunca desistir, fosse qual fosse o adversário com que se cruzavam.

Bateram o  pé frente às húngaras para vencerem por 74-58 e trazer para casa um lugar impensável para muitos à partida, o sétimo, e ainda a certeza de um futuro pela frente onde a poste Clara Silva chamou todas as atenções, além de conseguir a segunda maior pontuação do Mundial, com 37 pontos marcados frente a Israel.