Roberto Martínez, selecionador nacional
Roberto Martínez, selecionador nacional - Foto: IMAGO

Ruído, lágrimas de Ronaldo e o Mundial: tudo o que disse Martínez

Portugal venceu Espanha nos penáltis e conquistou a Liga das Nações

Roberto Martínez marcou presença na conferência de imprensa depois da conquista da Liga das Nações. Portugal venceu Espanha no desempate da marca das grandes penalidades.

Comparação de Portugal atual com o do Europeu: 

Antes de mais, gostaria de dar as condolências aos familiares do adepto que morreu durante o jogo. Uma notícia muito triste. Há dois aspetos muito importantes. Os valores da equipa, trabalhar durante 30 jogos, começas a perceber uma confiança, resiliência e personalidade que é muito importante para ganhar títulos. A qualidade ajuda a ganhar jogos, mas a qualidade com valores ajuda a ganhar títulos. Depois importante dizer que agora não há 10 jogadores, há 16 ou 17 que estão ao mesmo nível. A competitividade e opções para o selecionador usar conceitos diferentes ajuda muito em jogos como este. Faz parte do período de tempo de trabalho e 30 jogos. 

Este troféu é uma resposta a alguém que duvidou de si? 

Não, peço desculpa pela minha voz, mas não. Tenho muitos anos de treinador, comecei em 2007, tenho a oportunidade de ter mais de 100 jogos como selecionador, percebi que o mais importante é o balneário e aquilo em que nós acreditámos. Fora o ruído, faz parte do futebol. Há vezes em que a crítica é saudável, outras é boa, outras vezes é maliciosa e tem uma agenda. 

Como foi a emoção desta primeira conquista e as lágrimas de Ronaldo? 

Somos uma equipa, o capitão é muito importante, com a experiência do Cristiano é essencial para criar os valores de mostrar personalidade, hoje uma equipa como Espanha, ficarem à frente duas vezes e continuar... O capitão tem uma influência muito grande e utilizámos a sua experiência e força. Mostrámos que somos uma equipa preparada para ganhar. 

Como se sente com o apoio de Proença e dos jogadores? 

O importante é ganhar a taça e o formato mais exigente desta competição. 10 jogos, na Alemanha contra a Alemanha, jogar com a Espanha, campeã da Europa. Foi muito importante para nós. O presidente sempre mostrou apoio. Depois do jogo com a Dinamarca mostrou confiança, acredita muito no processo. O importante é que os nossos adeptos possam estar orgulhosos de Portugal e destes jogadores. 

Usou muitas vezes a palavra resiliência. Sente que se juntou uma verdadeira equipa? 

Temos, acho que é uma reflexão importante, porque falamos muito do talento que temos, dos jogadores que estão nas melhores equipas. O importante é o compromisso para trazer qualquer coisa e ser uma equipa campeã. Acho que não há maior teste do que jogar na Alemanha e com a Espanha, a melhor seleção na Europa. Mas é só o começo. Temos mais 12 meses para continuar a acrescentar o que mostramos nesta final four. 

Como se sente e como evoluiu nestes últimos anos? 

Sinto-me muito orgulhoso, porque tive a sorte de fazer o que adoro. Foi uma grande satisfação, tive de utilizar as experiências de muitos anos, lembrei-me do meu pai, que é o motivo de eu estar no futebol. 

Está com cara de selecionador favorito para ganhar o Mundial? 

Temos um grupo de jogadores que dão isso. A ilusão de poder acreditar e ter os sonhos que os adeptos queiram. É um grupo incrível, com um compromisso total e respeito.