Rui Silva aponta ao 'tri': «Temos uma desvantagem, mas o campeonato é longo»
Faltam poucos dias para fazer um ano desde a chegada de Rui Silva ao Sporting e o guarda-redes leonino fez um balanço de 2025, cheio de conquistas - a dobradinha pelos leões e ainda um título por Portugal -, o que o tornou no melhor ano da sua carreira.
«Sem dúvida. Foi um ano inesquecível que começou da melhor maneira com a vinda para o Sporting. A nível pessoal, tive o nascimento do meu segundo filho. Estreei-me na UEFA Champions League, tive dois títulos com o Sporting e ainda a Liga das Nações por Portugal. Foi um ano inesquecível para mim, o melhor da minha carreira», começou por dizer, em entrevista ao Sporting, publicada no seu jornal em dia de jogo em Guimarães, elegendo o melhor momento.
«A conquista do bicampeonato. Foi incrível. O meu primeiro título em Portugal, ainda por cima em nossa casa com os nossos adeptos. Foi magnífico. [Recordo] muitas vezes. Não fazia ideia, mas já me tinham falado que era inesquecível, uma onda verde enorme. Tanto no Marquês como em todo o trajecto até lá, foi inesquecível tanto para nós, jogadores, como para as nossas famílias. Queremos muito este tipo de coisas e poder presenciá-las é fantástico», explicou, afirmando que o regresso ao seu país foi a decisão certa.
«Foi ainda mais forte e especial. Queria muito voltar a Portugal pela porta grande, era um objetivo de carreira e um sonho. Fico muito grato ao Sporting por me dar essa oportunidade. Foi tudo muito rápido e acabou de colher estes últimos anos foi muito importante. Sabia da estabilidade do Sporting, o que ajudou e facilitou o processo de adaptação. Depois encontrei um grupo fantástico e os treinadores acolheram-me muito bem. Os adeptos também foram muito importantes para mim. Tudo ficou mais fácil», garantiu, apontando ao tricampeonato.
«Claro que sim. O bicampeonato deu-nos um plus de energia incrível. Foi muito bom a todos os níveis. Há muitos anos que o Sporting não conseguia esse feito e sermos tricampeões está no nosso pensamento. Queremos deixar uma marca no clube para sempre. Temos de ter esse objetivo. Temos uma desvantagem neste momento, mas o campeonato é longo. Faltam muitas jornadas e pontos por disputar e há que acreditar até ao fim. Dobradinha? O Sporting entra em todas as competições para ganhar. Sabemos que a Taça é complicada, porque é a eliminar, pelo que temos de a encarar com a máxima exigência», justificou, falando também sobre a boa prestação na Champions, antes de defrontar PSG e Athletic Bilbao.
«Temos de encarar os próximos dois jogos da mesma maneira, querendo os três pontos em cada um deles. Os dez pontos ainda não nos garantem matematicamente a qualificação. Estamos a fazer uma grande campanha contra equipas campeãs nos seus países. Sabemos que vai ser difícil, mas temos de ter a coragem de querer conquistar os três pontos nos próximos jogos», referiu, abordando o facto de ser o mais velho do plantel... com 31 anos.
«É um pouco estranho. Há alguns anos, os plantéis tinham jogadores com 36 ou 37 anos e hoje em dia é difícil encontrar jogadores com essa idade. Sinto alguma responsabilidade por ser o mais velho da equipa. Procuro sempre apoiar, ajudar e corrigir os mais novos, mesmo sem ter nenhuma função inerente. Há sempre responsabilidade, até em momentos-chave do jogo, quando estamos a perder, todos querem marcar e ganhar, mas há que ter discernimento, até quando estamos em vantagem para sermos mais inteligentes», afirmou, revelando que teve influência na contratação de Luis Suárez, com quem jogou no Granada.
«Sabia das suas qualidades. Antes de o contratar, informaram-me e dei boas referências. É um avançado muito completo e considero que pode ajudar a nossa equipa a nível de jogo. É um avançado que nos dá muito. Quando há novos reforços, penso que tem sido, também, a um grande nível. O contexto da grande equipa facilita, mas têm estado focados nas suas tarefas», finalizou.
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