Camisola 7 caiu que nem ginjas na dinâmica ofensiva da equipa orientada por Agostinho Bento
Camisola 7 caiu que nem ginjas na dinâmica ofensiva da equipa orientada por Agostinho Bento

Rivas já é o (super) Mario do golo

Ponta de lança espanhol, que tem a particularidade de ser irmão de Óscar Rivas, defesa-central do Vitória de Guimarães, chegou à meia dúzia esta época. Gabriel tem Costa(s) larga(s) na Feira. Tiago Simões segue valente em Trás-os-Montes. Falcão é ave em Faro

Chegou como Mario, mas, passo a passo, já começa a ser super. De tal forma que já há adeptos do Felgueiras que o tratam como Mario do golo. Falamos de Rivas.

O ponta de lança espanhol foi aposta dos durienses no início da presente temporada, proveniente do modesto Ávila, clube que milita nos escalões secundários do país vizinho, mas com ele trazia números de respeito alcançados em 2024/2025: 35 jogos, 12 tentos apontados e duas assistências. Conseguira, por essa altura, os melhores registos da carreira, mas os primeiros passos no futebol português já ameaçam esses dados. Com o símbolo do Felgueiras ao peito, Mario Rivas contabiliza 15 partidas, período em festejou por seis vezes (cinco para a Liga 2 e uma para a Taça de Portugal) e fez um passe mortífero.

A corrente época ainda nem a meio vai e o matador, natural de Albacete, olha para a frente e só vê golos. Aos 25 anos, está numa fase de maturação assinalável e nas últimas semanas tem demonstrado uma identificação total com as dinâmicas do próprio futebol luso, pelo que as suas características vêm naturalmente ao de cima. E é do alto dos seus 191 centímetros que Rivas vai ganhando dimensão para de destacar no conjunto orientado por Agostinho Bento.

Pese embora a dimensão física que possui, Mario Rivas não é o típico ponta de lança de área, mais fixo, que até convencionou chamar-se de pinheiro. Pelo contrário. O espanhol apresenta uma mobilidade bastante interessante, não só a cair para os corredores laterais, quando é lançado em profundidade, como também a jogar fora da sua zona de ação predileta, o que lhe permite ser um farol para os apoios frontais do coletivo.

Mario Rivas — que tem a particularidade de ser irmão de Óscar Rivas, defesa-central que alinha no Vitória de Guimarães — entrou a meio-gás neste Felgueiras e apenas logrou a primeira titularidade na 2.ª eliminatória da Taça de Portugal, a 20 de setembro. Nesse jogo, com a Sanjoanense, marcou na goleada (4-0) duriense, repetindo o que tinha feito na semana anterior, no triunfo (2-1) diante do Benfica B, na 5.ª jornada da Liga 2.

Foi o início de um percurso que tem sido feliz e que foi, depois, consubstanciado com mais remates certeiros, nomeadamente nos duelos com Feirense (2-0), Académico de Viseu (1-3) e, no último fim de semana, UD Leiria (3-2). Neste embate, refira-se, o camisola 7 foi absolutamente decisivo no regresso dos felgueirenses às vitórias, uma vez que bisou, na segunda parte, e foi o pai da reviravolta alcançada pela sua equipa.

Tem escola Atlético Madrid e Getafe, dois emblemas de renome em Espanha, e o golo corre-lhe nas veias. Pode ser ainda mais feliz em território de Camões. A continuar assim tem legítimas aspirações em pensar no principal patamar luso.

Alma transmontana

Alto (1,89 metros), esquerdino, forte nos lances aéreos e com boa saída de bola. Tiago Simões começa a emergir ao serviço do Chaves (10 partidas, um tento apontado e uma assistência) e promete continuar a trilhar um caminho que tem vindo a ser construído desde a base até ao topo.

Com a maior parte da formação feita no Cova da Piedade, o defesa-central, atualmente com 25 anos, passou, depois, por Fabril e 1º Dezembro, antes de, no início da presente temporada, rumar aos flavienses e entrar na Liga 2. Tiago Simões encarnou a alma transmontana e promete não ficar por aqui.

Com Costa(s) larga(s)

Está a crescer um menino de costas largas em Santa Maria da Feira. Gabriel Costa, de apenas 19 anos, está na primeira época nas competições profissionais e não tem deixado os seus créditos por mãos alheias.

Dono de uma personalidade digna de um homem de barba rija, o jovem médio, internacional sub-20 por Portugal, foi recrutado pelos fogaceiros ao Famalicão (onde atuava na equipa de juniores) e pegou de estaca na formação que é orientada por Ricardo Costa. O facto de o treinador ser o pai, acreditem, é só o sangue que o dita. Porque Gabi (12 jogos e dois golos) é craque. Vai brilhar.

Algarvio com sotaque

A idade é só um número. E se pensarmos no setor intermediário de uma equipa, na chamada zona nevrálgica do terreno, então a experiência é sempre necessária.

Não só para os duelos individuais, como para as definições das saídas à pressão. Isto sem esquecer as dobras ao reduto defensivo e a qualidade na saída na primeira fase de construção. E Cláudio Falcão possui todas estas habilitações. O médio, de 31 anos, está na sexta época ao serviço do Farense e é imprescindível para qualquer treinador. O que quer dizer muito sobre este algarvio com sotaque brasileiro. Um líder.