Alemães foram ao Ettihad vencer por 2-0, com golos de Grimaldo e Schick. #DAZNChampions

Revolução dá mau resultado: Manchester City surpreendido em casa pelo Leverkusen (crónica)

Pep Guardiola fez 10 alterações no onze inicial face ao último jogo e não conseguiu bater o Leverkusen

100 jogos, 10 alterações. No momento em que foi divulgado o onze inicial do 100.º jogo de Pep Guardiola na Liga dos Campeões ao comando do Manchester City, percebeu-se que o espanhol havia promovido uma autêntica revolução face ao onze inicial que enfrentara o Newcastle três dias antes. Só Nico González, ex-FC Porto, manteve a titularidade. Bernardo Silva, Rúben Dias e Matheus Nunes foram relegados para o banco, tal como o goleador Erling Haaland. Uma ideia que... correu mal. O Man. City perdeu por 0-2 frente ao Bayer Leverkusen na jornada 5 da UEFA Champions League, em jogo arbitrado pelo português João Pinheiro.

O Leverkusen, sem poupanças, apresentou-se com uma ideia bem definida. Defender bem em 5x3x2, de forma compacta, dar iniciativa ao adversário e, no momento da transição, ser acutilante. E assim foi. A posse de bola dos citizens, que, não sendo avassaladora, foi mais que a dos visitantes, não se traduziu em qualquer golo. Para isso contribuiu, ao longo do jogo, uma combinação de fatores importante. Em primeiro lugar, a desinspiração evidente dos homens da casa. Rico Lewis não funcionou no meio-campo, Reijnders apareceu em destaque numa ocasião apenas, Savinho não soube ser tão perigoso à esquerda como Bobb, o mais insistente, à direita e Marmoush, o avançado de serviço... nem sequer rematou.

Aliada a essa desinspiração esteve a grande capacidade de espera do Leverkusen, que, pacientemente, manteve o bloco defensivo baixo e, na transição, foi acutilante. Foi ao minuto 23 que, desta maneira, o ex-Benfica Grimaldo apareceu do lado esquerdo para, depois de desvio de Kofane, finalizar de primeira, rasteiro e colocado, para o primeiro dos alemães no Estádio Etihad. O 1-0 foi o resultado ao intervalo, mas também por causa do terceiro e muito importante fator: Mark Flekken. O guarda-redes dos farmacêuticos deu, logo ao minuto 3, uma demonstração daquilo que podia fazer, ao impedir que, na sequência de um canto, Aké fizesse o primeiro. Foi assim durante os 90', com destaque para o último lance do primeiro tempo, em que Reijnders, sem pressão, rematou no coração da área para defesa do neerlandês.

Guardiola não quis esperar mais. Ao intervalo entraram Doku, Foden e O'Reilly e, aos 65', Cherki foi para dentro campo juntamente com Erling Haaland. Dos 37 golos marcados pelos skyblues esta temporada, 19 — ou seja, mais de metade — foram apontados pelo norueguês. E bem se percebia o porquê do espanhol já não querer mais poupanças. Por essa altura... já o Man. City perdia por dois golos. Outro ataque veloz, cruzamento de Maza e, com uma antecipação perfeita, Patrik Schick cabeceou para o segundo.

Pouco mais se viu em termos atacantes por parte do Leverkusen, que muito mérito teve na forma como foi aguentando o ímpeto adversário. Não foi um período livre de gafes. Haaland ia aproveitando o mau posicionamento de Belocian para fazer o golo e Flekken ainda deu uma prenda à equipa da casa, com uma reposição errada que acabou corrigida pela defesa. Mas foi muito mais aquilo que tirou do que o que ofereceu ao adversário. Saiu aos pés de Cherki, parou o livre do francês, impediu encaixou o disparo de O'Reilly e, no melhor momento que teve na partida, impediu que o panzer norueguês o contornasse, aguentando a posição e mergulhando com o timing certo para impedir o 1-2.

2-0 foi o resultado final, mais um momento bom na série positiva do Leverkusen, que venceu oito e perdeu dois dos últimos 10 jogos que realizou, sendo as derrotas frente a Bayern e PSG. O Manchester City perdeu pela primeira vez na UEFA Champions League.

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