Remco Evenepoel explica etapa perdida: «Fiquei bloqueado no prato grande…»

Terceira vitória de Remco Evenepoel na Volta ao Algarve. Depois dos sucessos na prova portuguesa em 2020 e 2022, o belga da Soudal Quick-Step venceu a 50.ª edição, a de 2024.

Atacado pela Visma-Lease a Bike na 5.ª e última etapa, este domingo, com chegada ao Alto de Malhão, Evenepoel e a sua equipa souberam manter a calma e controlar a corrida, frustrando todos golpes dos adversários.

Tal como no Alto da Foia, o camisola amarela lançou o sprint final de longa distância, mas foi ultrapassado por Daniel Felipe Martinez (BORA-hansgrohe), outra vez mais forte e explosivo na meta no topo do Malhão. 

Os sentimentos do camisola amarela eram, por isso, mistos, no final da etapa, ainda que a satisfação pela vitória na classificação geral predominasse sobre as duas etapas perdidas para o colombiano. Tal como na primeira derrota, Remco encontrou uma justificação para a segunda.

«O resultado na etapa não é totalmente satisfatório, claro! Nos últimos 20 quilómetros, deixei de conseguir mais passar para o prato pequeno [de dois dentados dianteiros, que fazem a desmultiplicação das mudanças], houve uma avaria e tive de fazer a subida do Malhão, íngreme, no prato grande. Por isso, fez doer-me um pouco nas pernas, principalmente porque gosto de ter uma cadência de pedalada alta», revelou o segundo classificado na tirada que ligou Faro ao Alto do Malhão, na extensão de 185,8 quilómetros.

«Mas estou muito satisfeito pela vitória na classificação geral. A equipa conseguiu resolver bem uma situação de corrida difícil, com uma fuga de corredores muito fortes [na fase final incluiu o compatriota da Visma, Wout van Aert, e o irlandês Ben Healy, da EF Education-Easypost]», afirmou o campeão mundial de contrarrelógio em 2023.

«Ficámos [Evenepoel e a sua equipa] tranquilos. Com um ciclista experiente como o Mikel Landa… Ele sabe comandar os rapazes. Estou muito orgulhoso deles», elogiou Evenepoel. 

«Foi por isso [por querer retribuir o apoio da equipa] que me custou perder o sprint, porque senti-me muito forte, mas com as mudanças que tive de usar durante toda a subida, minhas pernas ficaram doridas», sublinha.

«Porém, estou muito satisfeito com esta terceira vitória na Volta ao Algarve, o que me dá três vitórias numa semana [na Figueira Champions Classics, no contrarrelógio da Volta ao Algarve e na classificação geral desta corrida]», conclui o ciclista, de 24 anos.