Râguebi: País de Gales vinga 2007 e vence Fiji

Em duelo do Grupo C, o de Portugal, Gales bate (32-26) as Ilhas Fiji e vinga a derrota sofrida no Mundial de há 16 anos. Somam 5 pontos e os fijianos 2

Ao quinto jogo entre as duas seleções em campeonatos do mundo, o País de Gales vence, pela quarta vez, as Ilhas Fiji, um triunfo (32-26) suado, mas apimentado com ponto de bónus ofensivo (4 ensaios marcados).

Na partida inaugural das duas nações no França 2023, em Bordéus, os galeses vingaram a única derrota sofrida nestas fases finais, ocorrida igualmente em solo gaulês. Na altura, em Nantes, há 16 anos, a seleção do Pacífico Sul alcançou um triunfo épico (34-38), numa equipa onde jogava o atual treinador assistente, Seremaia Bai. A derrota, no último jogo da fase de grupos (onde estava a Austrália) atirou, pela primeira vez, Gales para fora dos quartos de final das fases finais dos mundiais colocaria Warren Gatland (regressou em dezembro de 2022) ao comando do XV do País de Gales levando os Dragões Vermelhos a duas meias-finais (2011 e 2019).

De regresso ao jogo entre duas seleções que integram o Grupo C, onde está Portugal, País de Gales, 10.º do ranking (iguala o pior registo na hierarquia), inspirado pelo hino “Land of my father”, entrou em campo com a lição estudada: uma eventual derrota poderia reavivar o filme do França 2007. O pé de Dan Biggar, centurião galês (109 jogos), deu os primeiros pontos da partida (penalidade) e a mão de Josh Adams foi responsável pelo primeiro ensaio. 

Os homens do Hemisfério Sul, norteados pelo “Cibi”, dança de guerra fijiana que o XV das Fiji exibe antes das partidas, meteram a tradicional velocidade em campo e, em 4 minutos, marcaram dois ensaios, Waisea Nayacalevu (13') e Lekima Tagitagivalu (17').

No entanto, aos habituais erros da Fiji (bolas largadas para a frente) respondeu o P. Gales: ensaio de George North, dois pontos do pontapé de transformação de Biggar e vantagem dos galeses (18-14) na ida para o descanso. No regresso, mais dois toques de meta, Louis Rees-Zammit e Elliot Dee, ambos convertidos por Biggar, homem do jogo (12 pontos). à seleção europeia.

No intervalo da avalanche galesa (32-14), mais um ensaio fijiano ficou às portas da validação. Após dois toques de meta não validados pelo TMO, Levani Botia avisou, ele mesmo, o árbitro que não valeria a pena perder tempo a olhar para a televisão e assumiu ter largado a bola antes de esta tocar no solo na linha dos cinco pontos.

Num final inesperado e dramático, a seleção n.º 7 do mundo marcou dois ensaios (73’ e 75’), reduziu para o 32-26 final e, não fosse a mão escorregadia de Semi Radrada (deixou cair a bola quando estava, sem oposição, bem dentro da linha de 22 galesa e com ensaio à mercê) e poderia ter saído de Bordéus com os cinco pontos, no caso de sucesso no pontapé de transformação. Não aconteceu, mas os fijianos somam dois pontos, um ofensivo e outro defensivo (perdeu por menos de sete pontos). Austrália e País de Gales lideram (5 pts). Portugal estreia-se dia 16, frente a Gales. A Geórgia não somou pontos.