«Quem põe o Benfica em risco não pode ter lugar no nosso clube»
Mauro Xavier, que poderá apresentar uma candidatura à presidência do Benfica, não aceita a forma como a Direção de Rui Costa está a lidar com o castigo de interdição de um jogo do Estádio da Luz, imposto pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol.
«Disciplina é Benfica.
Fumos, cânticos, apoio incondicional — isso sim, é a essência do futebol. Isso sim, é Benfica. Mas o que se passou no Dragão e noutros estádios esta época não pode continuar a repetir-se. Já não é exceção: tornou-se um padrão.
Não tolero comportamentos que prejudicam o Benfica e põem em risco a segurança no futebol. A UEFA já nos sancionou com multas e interdições de venda de bilhetes. Agora, a FPF quer interditar o Estádio da Luz por um jogo.
A medida pode até ser excessiva, mas mais grave ainda é ver que o Benfica continua sem tomar qualquer medida contra quem reincide nestes comportamentos. Temos tecnologia no estádio para identificar os infratores. Temos meios para agir. É altura de agir.
Quem põe o Benfica em risco não pode continuar a ter lugar no nosso clube. Sejam afastados. Proibidos de entrar no Estádio da Luz. Sou totalmente contra o Cartão do Adepto. Mas sou ainda mais contra a violência no desporto.
Não podemos continuar a pactuar com quem transforma uma festa em perigo. O exemplo tem de começar por nós. O cumprimento das regras tem de ser nosso. Porque nós somos o Benfica — e quem ama o Benfica, não o prejudica. É tempo de pôr o Benfica Primeiro.»
Em posição divulgada nas redes sociais, Mauro Xavier refere-se aos factos ocorridos a 6 de abril, no Estádio do Dragão, quando FC Porto e Benfica se encontraram para a Liga, com triunfo encarnado, por 4-1.
A visita dos encarnados ficaria marcada pela goleada, mas também por graves incidentes: claques do Benfica atiraram engenhos pirotécnicos para uma bancada repleta de adeptos portistas, entre os quais crianças, obrigando muitas pessoas a abandonar os lugares e a procurarem abrigo.