Jorge Garbajosa esteve em Matosinhos a assistir ao Portugal-Ucrânia. (FOTO: FPB)

Presidente da FIBA Europa elogia basquetebol português: «É o melhor ano de sempre»

Jorge Garbajosa esteve a assistir ao duelo da equipa nacional com a Ucrânia e destacou o papel da FPB no crescimento da modalidade no país

O presidente da FIBA Europa, Jorge Garbajosa, esteve a assistir ao jogo entre Portugal e Ucrânia, do fecho da qualificação para o EuroBasket. O espanhol analisou a equipa nacional, já apurada para a competição que se vai realizar de 27 de agosto a 14 de setembro, na Finlândia, Polónia, Letónia e em Chipre.

«O que mais gosto na equipa de Portugal? Gosto disso. São uma equipa. Não tem uma grande estrela, pelo menos até ao verão [Neemias Queta], mas agora não. Gosto do facto de serem um grupo, de terem união. Os jogadores acreditam no projeto liderado por uma equipa técnica que trabalha junta há muito tempo. A força do grupo supera as individualidades», referiu, numa conferência de imprensa que decorreu no Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos.

O ex-internacional espanhol, que foi campeão europeu e mundial, deixou elogios ao trabalho desenvolvido pela Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB).

«Já era previsto estar cá [Matosinhos] independentemente de Portugal estar qualificado ou não. Conheço o Manuel [Fernandes] há muitos anos e queria estar neste momento. A classificação já é uma realidade, mas creio que é o melhor ano de sempre do basquetebol português. Desde 2011 que Portugal não estava no EuroBasket masculino e nunca a seleção feminina tinha conseguido o apuramento. Foi uma estratégia dez anos. É muito tempo, mas Portugal está a colher frutos. (…) Queria também ter um gesto de carinho com a Ucrânia, todos sabemos o que estão a passar, não são as circunstâncias mais fáceis para competir. De forma valente, disputaram seis jogos de qualificação. A FIBA Europa está à disposição deles. Queria agradecer-lhes o esforço que fizeram para competir e dignificar a palavra basquetebol», explicou, acerca da sua presença em Matosinhos.

«A 50 federações têm um trabalho muito difícil em manter o basquetebol vivo. Uma das chaves é ter um plano. Não é normal, porque o futuro no desporto é amanhã. É difícil traçar uma estratégia a dez anos e muitas vezes, confundimos o objetivo com estratégia. Conheci a ponta da pirâmide, mas há apoio aos clubes. O mais fácil é despedir o treinador e mutar tudo, difícil é ter um bom plano, pessoas para o executarem e paciência para alcançar resultados. O mais difícil é agora», acrescentou.

Por último, Jorge Garbajosa explicou o papel da FIBA Europa e o projeto que tem para as federações europeias.

«Gosto de dizer que as federações criam cenários para os clubes desenvolverem atletas. 70 por cento do dinheiro da FIBA é utilizado para sustentar programas de desenvolvimento das federações. (…) O Conselho de Administração decidiu repartir os prémios de forma igual para todos. É um programa sustentável no tempo. As coisas estão cada vez mais caras. Repartimos 70 por cento do dinheiro de forma igual, isso é simbólico da nossa mentalidade. Estamos aqui para servir o basquetebol de forma igual. Queremos que o basquetebol cresça de forma igual», concluiu.