Português é suspeito de tiroteio nos EUA e terá matado compatriota, antes de se suicidar
Cláudio Manuel Neves Valente (48 anos), um antigo aluno português que estudou na instituição há 25 anos, é o suspeito do tiroteio na Universidade de Brown, nos Estados Unidos, e terá matado a tiro Nuno Loureiro, físico e seu antigo colega de universidade em Portugal, à porta de casa em Brookline, Massachusetts, na segunda-feira passada, segundo as autoridades norte-americanas.
Na última quinta-feira, Cláudio Valente suicidou-se, quando as autoridades estavam prestes a apanhá-lo em Salem, New Hampshire, segundo a ABC News. «Ele foi encontrado morto, com uma mochila, duas armas de fogo e evidências no carro que correspondem ao que vemos na cena do crime aqui em Providence», revelou Peter Noronha, procurador-geral de Rhode Island.
BREAKING: Authorities say Claudio Manuel Neves-Valente carried out the Brown University attack and is also responsible for the murder of MIT professor Nuno F.G. Loureiro in Brookline, Massachusetts. pic.twitter.com/5qTfOpRn3m
— Fox News (@FoxNews) December 19, 2025
Além de Nuno Loureiro, também é suspeito de matar outras duas pessoas e de ferir outras nove na Universidade Brown, em ataque separados. De acordo com Christina Paxson, Cláudio Valente não tinha qualquer ligação com a instituição, depois de frequentar o doutoramente no programa de física em 2000, ano em que migrou para os EUA com visto de estudante, mas só 17 anos depois é que conseguiu obter autorização de residência.
Entretanto, após esta situação, o Presidente Donald Trump suspendeu o programa de vistos que permitiu a entrada nos Estados Unidos do português. A secretária da Segurança Interna, Kristi Noem, afirmou na quinta-feira que, a pedido de Trump, ordenou ao Serviço de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos que suspendesse o programa. «Este indivíduo hediondo nunca deveria ter tido permissão para entrar no nosso país», disse Noem, nas redes sociais.
O programa de vistos, conhecido como green cards ou cartões verdes, disponibiliza anualmente até 50 mil vistos, através de sorteio, a pessoas de países pouco representados nos Estados Unidos, muitos deles em África. Há muito que Trump se opõe a este programa e ao sorteio, que foi criado pelo parlamento norte-americano. Quase 20 milhões de pessoas inscreveram-se no sorteio de 2025, tendo sido selecionadas mais de 131 mil, incluindo cônjuges. Os cidadãos portugueses ganharam apenas 38 vagas no ano passado.