Rui Machado lidera a Seleção Nacional na Taça Davis (Foto Manuel Vitali/FPT)

Portugal já está no Peru para jogar a Taça Davis

Rui Machado repetiu os cinco tenistas da eliminatória com o Mónaco e segue confiante apesar da mudança para a terra batida e do 'jet lag'

Em equipa que ganha não se mexe, lá diz o ditado e essa foi a estratégia de Rui Machado, capitão e selecionador nacional de ténis, para a eliminatória da Taça Davis que Portugal vai disputar com o Peru.

Nuno Borges (52.º do ranking mundial), Jaime Faria (115.º), Henrique Rocha (170.º), Frederico Ferreira Silva (242.º) e Francisco Cabral, 31.º da hierarquia ATP de pares já se encontram a treinar em Lima, no Peru, onde vão jogar sexta-feira e sábado, dias 12 e 13 setembro.

A Seleção Nacional vai jogar pela primeira vez no continente americano, desta feita no Grupo Mundial I da Taça Davis frente à congénere do Peru que, por sorteio dado ser a primeira vez que os países medem forças na mais importante competição de ténis masculino por equipas, se tornou anfitriã e escolheu jogar sobre a terra batida.

«Já estamos aqui alojados, o hotel tem muito boas condições. Fomos muito bem recebidos, já cá tinha jogado e conheci até algumas das pessoas que se lembravam de mim. O clube, apesar de não ser novo, é bastante grande, com bastantes campos. E com uma dinâmica muito típica da América do Sul, com os campos todos cheios de sócios a jogarem. É uma dinâmica que nós não estamos muito habituados em Portugal, mas aqui respira-se muito o ténis. Tem um court central bastante engraçado, em estilo América do Sul, todo em cimento, que penso que vai ser um bom palco para esta eliminatória», contou o capitão Rui Machado.

Porém, há alguns fatores que levam o selecionador nacional a não assumir favoritismo de Portugal – há cinco eliminatórias consecutivas que joga fora, ou seja desde 2023 – nos encontros que terão lugar no Club Lawn Tennis de la Exposicion.

«Portugal pode ter alguns jogadores com rankings superiores, mas, na verdade, creio que não faz muito sentido estarmos a pensar agora quem é que é favorito ou não. O Peru joga em casa, pode definir as condições que mais lhes serão favoráveis, tem o seu público, e isso serão fatores que também jogarão a seu favor. Por isso, o que nos resta fazer é preparar-nos da melhor maneira, tentar pôr os jogadores na melhor forma para que possam chegar a sexta-feira e sábado e joguem o seu melhor ténis. Para que possamos lutar pela vitória com o maior número de possibilidades», explicou o antigo tenista, sabendo que vai enfrentar um palco com com capacidade para receber dois mil espectadores, quando em causa está um lugar nos Qualifiers de 2026.

«Quanto à questão do piso, já sabíamos que iria haver uma transição do US Open para a terra batida, mas a Taça Davis é mesmo isto. A equipa que joga em casa escolhe o piso e essa provavelmente é a grande vantagem de jogar em casa, aliada ao público e àquilo que esse ambiente provoca na confiança dos jogadores e na atitude. Por isso, é que se costuma dizer que nos jogos da Taça Davis tudo pode acontecer. Mas é um piso em que nós também estamos bastante habituados a jogar e que eu sei que a nossa equipa também é muito competente», elogiou Rui Machado.