Polícia forçado a reformar-se por receber doação de 60 mil euros de Mbappé
Um polícia responsável por garantir a segurança da seleção de França foi forçado a reformar-se prematuramente pela Direção Geral da Polícia Nacional (DGPN), um dos órgãos responsáveis pela polícia do país. Isto porque o homem em questão não informou os seus superiores de que recebeu uma doação de Kylian Mbappé no valor de 60.300€.
A notícia foi avançada pelo Le Monde e confirmada pela generalidade da Imprensa francesa. O pagamento, feito em 2023, terá sido um bónus ao polícia, que trabalha com les bleus desde 2004, pelo serviço prestado durante o Mundial 2022, no qual a França chegou à final, perdida para a Argentina. O homem também é um amigo da família do capitão da seleção francesa.
Conhecido como Mohamed S., ou Momo, a decisão de não reportar esta doação despoletou uma investigação que começou no ano passado e resultou agora nesta sanção. E Momo ainda está a ser investigado por fraude fiscal e lavagem de dinheiro.
O advogado de Momo, Abdel Aissou, defendeu que a doação de Mbappé foi legal: «Esta história não se sustenta em tribunal porque esta doação é legal e não é contestada. Interrogo-me sobre as motivações para perseguir este polícia honesto.»
Para além de Mohamed, outros quatro polícias receberam doações de 30 mil euros cada, também de Mbappé. A comitiva que acompanha o jogador do Real Madrid garantiu à Imprensa francesa que «tudo foi feito de acordo com as regras, sem qualquer proveito».