Tadej Pogacar vence ao estilo heróico a Strade Bianche

Pogacar cai mas arrasa na Strade Bianche: «Adrenalina passou e agora é só dor»

Esloveno caiu com aparato a 50 quilómetros da meta, mas retomou a corrida a tempo de lançar um ataque demolidor a 19 km da meta e vencer isolado, pela terceira vez, a clássica italiana das estradas brancas de terra batida

Tadej Pogacar resistiu a uma queda aparatosa para vencer pela terceira vez a Strade Bianche. O esloveno caiu a cerca de 50 quilómetros da meta da clássica italiana das estradas brancas, mas não foi num destes traiçoeiros setores em terra batida que perder o controlo da bicicleta numa curva. O incidente aconteceu num troço de piso asfaltado, quando a roda traseira da máquina do campeão mundial derrapou, atirando-o para a berma.

Tadej Pogacar após a queda na Strade Bianche 2025

Pogacar sofreu extensas escoriações na perna, braço e ombros esquerdos, e certamente bastantes nódoas negras, mas retomou rapidamente a corrida, trocando de bicicleta pouco depois, antes de iniciar a perseguição aos britânicos Tom Pidcock (Q36.6), o único que foi capaz de o seguir numa primeira aceleração a pouco menos de 80 km da chegada, e Connor Swift (Ineos Grenadiers), perdurando da fuga do dia, e com quem liderava a corrida no momento da queda, já destacados mais de um minuto de um grupo perseguidor com outros candidatos.  

O corredor da UAE Emirates não demorou a alcançar Swift, deixando-o ainda mais rapidamente para trás, e não muito mais para anular os cerca de 30 segundos que perdera para Pidcock – que o aguardou nos últimos metros. Os dois colaboraram para se manterem isolados durante 25 quilómetros, até que a 19 da chegada, Pogacar lançou um ataque que derrotou definitivamente o britânico. 

«Desfrutei até à linha de meta. Agora, a adrenalina passou e começo só a sentir dor. Não é a melhor forma de ganhar uma corrida, mas uma vitória é uma vitória. Vamos esperar que não seja pior do que parece», admitiu depois de igualar o recorde de três vitórias na Strade Bianche do suíço Fabian Cancellara (2008, 2012 e 2016). 

‘Pogi’, vencedor da corrida toscana em 2022, 2024 e 2025, deixou Pidcock a 1.24 minutos, com o seu companheiro belga na UAE Emirates, o belga Tim Wellens, em terceiro, a 2.12 m. 

«Fui demasiado rápido na curva [quando caiu]. Conheço esta estrada muito bem, já a percorri umas 20 vezes na minha vida, mas, às vezes, erramos o cálculo. Simplesmente derrapei», explicou Pogacar sobre a queda. 

Destaque ainda para o quarto lugar do irlandês Ben Healy (EF Education-EasyPost), que foi seguido por Pello Bilbao (Bahrain Victorius) e Magnus Cort (Uno-X).