Roque Mesa com a camisola do Valladolid, num jogo frente ao Sevilha
Roque Mesa com a camisola do Valladolid, num jogo frente ao Sevilha - Foto: IMAGO

«Para perder dinheiro, preferia ficar na segunda divisão. Não perdoava nem um euro»

Roque Mesa, médio espanhol, não esconde que sempre guiou a carreira por questões monetárias

Atualmente sem clube, Roque Mesa conta já com uma longa carreira aos 36 anos, passada sobretudo em clubes espanhóis, apesar de a última aventura ter sido na Malásia, ao serviço do Johor FC.

Numa entrevista ao programa Offsiders, o experiente médio foi sincero e confessou que é obcecado por dinheiro. E é isso que mais lhe interessa na hora de negociar um contrato.

Na única vez que saiu de Espanha antes da experiência na Malásia, Roque Mesa deixou o Las Palmas para jogar no Swansea, no País de Gales, no verão de 2017. Seis meses depois, no entanto, regressou ao futebol espanhol, para jogar no Sevilha.

Numa primeira fase por empréstimo, depois em definitivo. Mas o processo não foi fácil.

«O Caparrós [treinador do Sevilha na altura] queria-me, mas eu disse-lhe que o problema era o meu contrato. Preferia ficar na segunda divisão em Inglaterra a ir para o Sevilha se fosse para ganhar menos. O Betis contactou-me antes, mas só me pagava 70 por cento do salário, e eu não ia perdoar nem um euro. O Sevilha pagou seis milhões por mim e ofereceu-me um contrato que cobria os dois anos que me restavam em Inglaterra, mais um. Fui coroado», começou por dizer.

«Quando o Monchi regressou, começaram as pressões. Ele não me queria e, por isso, disse-lhes que ou me pagavam o que deviam ou eu ficava. Acabei por ser emprestado ao Leganés porque era o único clube que assumia a totalidade do meu contrato. Aquela equipa não jogava a nada e, sinceramente, custava-me ir treinar», prosseguiu depois, sobre a saída do Sevilha.

Mesmo quando saiu para o Valladolid, em 2020, Roque Mesa assegurou que não perdia dinheiro: «Quando regressei do empréstimo ao Leganés, só me restava um ano de contrato com o Sevilha e eles não queriam que eu continuasse. No último dia do mercado de transferências, avisei-os que, se quisessem que eu saísse, teriam de me pagar o último ano de contrato na íntegra. Acabaram por pagar e eu assinei por três anos com o Valladolid.»