O pé esquerdo de Trincão, mas também o direito (as notas do Sporting)
(4) RUI SILVA – Não se percebeu o que lhe aconteceu no golo do Vitória, ao minuto 50. O remate de Telmo Arcanjo, da direita, não saiu muito forte, embora tenha saído rente à barra. A bola parecia de fácil domínio, mas o guarda-redes dos leões, tentando segurar em vez de a desviar para canto, permitiu o golo através de uma falha monumental. Recuperou bem e, até final, como antes no primeiro tempo, mostrou-se atento a segurar bolas de grau de dificuldade não muito elevado.
(6) FRESNEDA – Importante a atacar na primeira parte e a defender na segunda. Poderia ter marcado, aos 68, após passe de Mangas, mas a bola saiu um pouco ao lado.
(7) EDUARDO QUARESMA – Imponente a defender e fazendo esquecer, de algum modo, a ausência de Diomande. Tentou sair com bola por diversas vezes, mas nem tudo lhe saiu bem.
(6) GONÇALO INÁCIO – Primeiro tempo relativamente descansado e, após o intervalo, subiu de rendimento, quer a tapar os caminhos para a baliza de Rui Silva, quer a lançar companheiros.
(6) RICARDO MANGAS – Muito bem a jogar na profundidade, possibilitando a Maxi Araújo a incursão em zonas mais centrais. Poderia ter marcado logo ao minuto 10, quando, desmarcado por Ioannidis, apareceu solto sobre a esquerda, mas rematou ligeiramente por cima. Não teve qualquer erro defensivo e, em cima do intervalo, após receber passe brilhante de Trincão, fez um passe longo e perfeito para a entrada fulgurante de Ioannidis para o 2-0. Acabou a extremo após a entrada de Matheus Reis.
(6) HJULMAND – O intocável continua intocável com bola e sem bola. Menos participativo nas manobras ofensivas, foi imponente a posicionar-se a meio-campo e a evitar perigos maiores junto da baliza de Rui Silva.
(6) JOÃO SIMÕES – Primeiro tempo de grande intensidade, ajudando na construção de algumas jogadas de perigo ou tapando as iniciativas dos médios contrários. Fica, indiretamente, ligado ao golo do Vitória, perdendo a bola a meio-campo que culminaria, pouco depois, no remate fatal de Telmo Arcanjo, com a equipa ligeiramente descompensada.
(7) IOANNIDIS – Ainda jogando com uma proteção no joelho esquerdo, arrancou para uma muito boa primeira parte, talvez mesmo os melhores 45 minutos com a camisola do Sporting. Agressivo na procura da bola, progredindo com ela sobretudo a partir da direita. Logo ao minuto 10, desmarcou Mangas para um potencial golo. Mais tarde, combinou muito bem com Trincão e com Fresneda e parecia um extremo na forma como entrou na área e cruzou para o corte de João Mendes, que levou a bola ao poste e, na sequência, Trincão fez o primeiro golo. Foi o primeiro grande momento do grego no jogo e mais tarde apareceu no chamado coração da área, como se fosse um bólido, a desviar de cabeça o belo cruzamento de Mangas da esquerda. Participou ainda na jogada do quarto golo dos leões e, pouco depois, saiu, por opção tática de Rui Borges ou por cansaço acumulado.
(7) MAXI ARAÚJO – Quando o árbitro apitou pela primeira vez, estava encostado à linha. Mas raramente por lá andou, beneficiando do adiantamento de Mangas, que lhe possibilitava explorar zonas mais centrais do relvado. Jogou bem sem bola ao minuto 10, deixando-a passar de Ioannidis para Mangas, na jogada em que este poderia ter aberto o marcador. Teve momentos em que exagerou um pouco a tentativa de segurar a bola e de, com ela, entrar por entre médios e defesas adversários. No arranque da segunda parte, quando o Vitória marcou e esteve por cima do Sporting, recuou para lateral, ajudando a formar uma linha de cinco homens, com Mangas mais por dentro. Mais tarde, acreditou na entrada de Suárez pela direita e na potencial falha de Castillo e, quase junto à linha de golo, encostou para o 4-1.
(6) LUIS SUÁREZ – Não marcou, mas ajudou imenso. A defender e, sobretudo, a atacar e a lutar. Teve a capacidade de perceber que o livre de Maxi Araújo, ao minuto 63, poderia não estar destinado ao aparente fracasso. Acreditou que poderia chegar a tempo de não deixar a bola sair pela linha de fundo e conseguiu. Depois, claro, teve a sorte de o desvio que fez para a pequena área encontrar as mãos do infeliz Castillo a fazer autogolo. Mas metade do golo, digamos assim, é de Suárez, pela crença de que era possível chegar a tempo.
(5) MORITA – Entrou para que o Sporting tivesse mais bola e menos vertigem. Mas o japonês fez mais, pois foi ele quem iniciou a jogada que terminaria com o golo de Maxi Araújo, o quarto dos leões.
(-) ALISSON – Cinco minutos apenas para tentar as explosões.
(-) SALVADOR BLOPA - Ainda ajudou a defender a baliza de Rui Silva já no período de compensação.
(-) MATHEUS REIS – Tocou uma ou duas vezes na bola nos poucos minutos em que esteve em campo.
(-) FLÁVIO GONÇALVES – Dois ou três minutinhos para se estrear na Liga.