Treinador do Vitória de Guimarães lamentou os erros individuais na goleada caseira sofrida diante dos leões, por 1-4, incluindo o autogolo de Juan Castillo

Luís Pinto lamenta erros individuais: «Faz parte, mas deixa-nos algo desiludidos»

Treinador do Vitória de Guimarães reagiu à goleada caseira diante do Sporting, por quem os seus jogadores tiveram «respeito excessivo»

O Vitória foi goleado pelo Sporting em Guimarães e sofreu a segunda derrota caseira consecutiva, desta vez para a Liga, após uma série de seis jogos invencíveis. Luís Pinto lamentou a derrota e alguns erros sofridos a nível individual, mas colocou o foco já na próxima partida.

- É possível analisar o jogo fugindo aos erros individuais?

- Não, infelizmente não, mas quando temos sucesso também são ações individuais que fazem com que tenhamos sucesso. Isto no futebol quem erra individualmente são os que estão lá dentro, faz parte do jogo, agora claro que nos deixa algo desiludidos, porque os primeiros 15' foram muito difíceis, muito mesmo. Uma dinâmica um pouco diferente daquela que o Sporting tem apresentado, e nós tivemos alguma dificuldade em ajustar. Apesar de sermos uma equipa jovem, somos uma equipa com qualidade e os jogadores têm de acreditar naquilo que são. E os primeiros minutos, sempre que ganhávamos a bola, estávamos a jogar de primeira a perder a bola novamente após o ganho, isso colocou-nos em algumas dificuldades, porque o Sporting foi muito forte mesmo. A partir dos 20 minutos, começámos a entrar no jogo, a ter tempo de bola no meio-campo ofensivo e num lance completamente controlado em que podíamos ter sido mais agressivos no ganho da bola... mas mesmo assim, na variação, podemos ficar com a bola e acaba por surgir o 1-0 quando o jogo já estava num ritmo completamente diferente. Depois temos oportunidade para fazer o 1-1 e nesse mesmo lance o 0-2. E depois quando estamos por cima da segunda parte, que foi inteiramente nossa até ao 3-1, a partir daí as coisas mudaram. Temos um erro num livre de bola parada, defendemos mal a largura da bola parada e depois a ação do Juan não foi a melhor. Faz parte, é perceber aquilo que temos de crescer para sermos mais competitivos contra este tipo de equipas, mas acima de tudo conseguimos perceber o que temos de fazer para no próximo jogo conseguirmos já três pontos.

- Substituições no intervalo conseguiram mexer na equipa?

- Não, sinto que conseguiram mexer na perspetiva que o Diogo conseguiu receber muito a bola dentro da estrutura e conseguiu carregar mais a bola tal como o Gonçalo estava a fazer. O Mitrovic é um jogador mais posicional, mais de passe, e estávamos a precisar de quem carregasse a bola. O Telmo pelo Camara... acho que o Telmo nos deu capacidade num um contra um, imprevisibilidade, tempo de bola na frente, porque tem uma capacidade para isso e para fazer com que a equipa cresça. Sinto que tiveram influência e ainda bem que assim foi.

- Voltam a jogar com o Sporting, o que é que este jogo pode ensinar ao Vitória?

- Temos de obviamente aproveitar o jogo para retirar ensinamentos, não só para este jogo com o Sporting, mas também para a nossa época, porque foi o que disse, nós temos qualidade e nós acreditamos na qualidade da nossa juventude e eles terem essa capacidade de crer mais neles. Sinto que o início do jogo foi difícil também pelo excesso de respeito, nunca é excessivo, mas respeito nos duelos, não estavamos a ser tão fortes como devíamos e quando aumentámos esses índices de agressividade, as coisas mudaram e nós conseguimos melhorar. Julgo que esse pode ser um dos ensinamentos a retirar.

- Perdeu Nélson Oliveira e João Mendes para a próxima jornada. São duas más notícias.

- Estamos aqui para arranjar soluções [risos].