O esboço do Benfica de 2023/24

Além da magia que continua a morar em Di María, e das boas indicações de Jurásek, a integração rápida de Kokçu é uma realidade

P ARA os clubes portugueses, a política das contratações cirúrgicas, maximizando recursos que, quando comparados com  aqueles dos clubes com bolsos fundos, não passam de trocos, é a única que pode garantir alguma evolução, especialmente se a sangria  habitual não for muito pronunciada. Para a época de 2023/24, os quatro clubes que têm ocupado habitualmente as posições de topo da Liga, decidiram manter os treinadores (Sérgio Conceição e Rúben Amorim são habitués, enquanto que Artur Jorge e Roger Schmidt vão bisar), o que também ajuda à solidificação de processos já conhecidos e testados.

Aliás, foi isso que se viu ontem em Basileia, onde ficou a certeza de que o modelo de jogo do Benfica vai continuar igual, e que as contratações foram feitas a pensar na titularidade imediata de Di María, Kokçu e Jurásek. Também, à imagem do que sucedeu na sua época de estreia, Roger Schmidt não vê nenhuma vantagem em baralhar o jogo, procurando dar, desde já, rotinas àquelas que devem ser as suas escolhas iniciais. Não andarei longe do pleno se disser que com as entradas, naturais, de Aursnes e Otamendi, estará encontrada a base do Benfica de 2023/24. Então e os outros? Neres, Gonçalo Guedes, Musa, João Neves, Chiquinho, e Morato, só para referir alguns, não contam? É evidente que contam e vão ter uma grande importância ao longo da época, não só porque são soluções muitíssimo válidas à disposição do treinador, como aumentarão exponencialmente a competitividade no plantel do Benfica. Já o disse - e esta é a altura certa para dizê-lo - que o que de pior pode acontecer a uma equipa que luta pela revalidação do título é a acomodação dos jogadores, que muitas vezes tendem a dormir à sombra dos louros conquistados. Ao injetar no grupo aquisições que não foram contratadas apenas para fazer número - como muitas vezes sucede, de norte a sul, apenas para fazer girar o dinheiro e potenciar as comissões - o Benfica criou condições para manter a sua equipa em estado de alerta permanente, sem que ninguém se sinta dono do lugar.

Em Basileia, e reportando-me aos novos, Di María continua com magia no pé esquerdo, e apenas requer uma gestão inteligente do esforço ao longo da época; Jurásek, autor de um golaço, deixou ótimas sensações, enquanto que Kokçu já parece prata da casa...
 

ÁS – ÁNGEL DI MARÍA 

Foi altamente simbólico que o campeão do Mundo pela Argentina tenha marcado o primeiro golo do Benfica ao Basileia, no jogo de estreia da sua segunda passagem pelos encarnados. E o passe para o 3-0, por Jurásek (grande execução) foi envolto em dulce de leche, a sobremesa mais popular no país de Di María... 
 

ÁS – Carlos Alcaraz 

Quando assistimos ao ocaso de Federer e Nadal, e ao crepúsculo de  Djokovic, novos deuses vão-se afirmando no Olimpo do ténis, com o espanhol Carlos Alcaraz, ontem vencedor em Wimbledon e sucessor de uma dinastia que começou como Manolo Santana, a  propor-se como o próximo dominador da modalidade.

 

DUQUE – ANTÓNIO SILVA CAMPOS 

A nova presidente do Rio Ave, Alexandrina Cruz, bem pode falar em pesada herança, ou não estivesse o clube de Vila do Conde impedido de registar novas contratações neste mercado de verão, por dívidas do tempo da direção de Silva Campos. A UEFA ainda reduziu a multa, mas quanto a reforços, só em janeiro de 2024.